Câmara pede que PBH retome boletim da Covid com taxas de ocupação e transmissão

Câmara pede que PBH retome boletim da Covid com taxas de ocupação e transmissão

 

 

 

 

 

Por José Vítor Camilo

 

 


Vereadores de Belo Horizonte protocolaram nesta terça-feira (7) uma indicação pedindo que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) retome a publicação dos boletins epidemiológicos da Covid-19 diariamente e com mais dados, como ocorria até abril deste ano, quando o documento passou a ser divulgado com intervalos de três a quatro dias e sem incluir as taxas de ocupação de leitos e de transmissão do vírus.

A reportagem de O TEMPO teve acesso ao documento, que é assinado pelo vereador José Ferreira (PP), presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, e que é apoiado por vários outros parlamentares. 

"Consideramos que diante do crescente número de casos na cidade, as informações detalhadas do boletim epidemiológico como ocupação de leitos nos hospitais e a taxa de transmissão do vírus, dão maior transparência e busca alertar a população para a permanência do risco representado pelo coronavírus", pontua o documento.  

A indicação ocorre por iniciativa da vereadora Bella Gonçalves (PSOL), que destacou que a redução na "transparência" dos documentos e a extinção do comitê que discutia o novo coronavírus em BH ocorreu assim que a secretária de saúde

"É importante que a população tenha informações acessiveis e compreensíveis, inclusive para fortalecer as indicações da Prefeitura neste momento em que a pandemia tem crescido. Também é importante para que nós, gestores públicos, possamos cobrar medidas de prevenção à vida da população frente a uma pandemia, que ainda não acabou", argumenta Bella. 

 

Ainda segundo a vereadora, a Câmara também discute a retomada do comitê de enfrentamento à Covid pelo município. A reportagem procurou a PBH e a SMS na noite desta terça, que ainda não se posicionaram sobre a indicação dos parlamentares. 

Taxa de incidência sobe 85% entre um boletim e outro

Entre o boletim da última sexta-feira (3) e o desta terça (7), a taxa de incidência da Covid-19, que é medida com base nos casos da doença ao longo dos últimos 14 dias e por 100 mil habitantes, sofreu um salto de 85%. A taxa estava em 78,5 no dia 25 de maio, último levantamento considerado no boletim de sexta, e, nesta terça, o número passou para 145,8. 

No intervalo de quatro dias, a capital mineira ainda registrou 16.557 casos suspeitos notificados e 2.617 confirmações da doença. Doze mortes foram causadas pelo novo coronavírus entre os boletins, chegando a 590 óbitos em 2022 e 7.841 desde o início da pandemia, em março de 2020.