O Brasil de Bernardinho: mais do mesmo só vai produzir mais do mesmo

Renovação, promessa de campanha, não sai do papel e Bergmann será a única exceção em Paris

O Brasil de Bernardinho: mais do mesmo só vai produzir mais do mesmo

 

Por Bruno Voloch

 

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

 

 

O marketing é importante demais para ser deixado para o departamento de marketing.

 

Frustrante para quem pensou que seria diferente e constatou que era mais do mesmo acrescido do pior.

 

Assim dá para resumir a convocação final para a Olimpíada de Paris, novamente cercada de mistério e mau gosto da CBV.

 

 

E como se ninguém soubesse o fim do filme.

 

Suspense absolutamente dispensável.

 

Bergmann, conforme o blog adiantou, foi a única exceção. E não seria assim, caso a cúpula da CBV não tivesse pressionado Bernardinho.

 

O 'patrão' foi obrigado a ceder, mas blindou o Senado e manteve a espinha dorsal da era Renan Dal Zotto.

 

E quando o absurdo torna-se aceitável, passa a não ter limites.

 

E são vários.

 

Dá para escolher. 

 

O maior deles, já que o Senado é intocável, foi anunciar antes da VNL que Thales seria o líbero em Paris. 

 

A opção por Isac não surpreende. 

 

O Brasil de Paris terá os mesmos levantadores da Olimpíada de Tóquio em 2021. 

 

Bruno, em decadência, aparentemente perdeu lugar para o corajoso Fernando Cachopa. 

 

O Brasil de Paris terá os mesmos ponteiros titulares de Tóquio, 2021.

 

Adriano, no ataque, pode ajudar.

 

O Brasil de Paris terá dois dos três centrais de Tóquio, 2021. O outro é Flávio, ou seja, não faz diferença.

 

O Brasil de Paris terá Alan, um dos opostos que esteve em Tóquio, 2021. E não resolveu.

 

Aliás, quando Alan resolveu?

 

Darlan, lançado por Renan, exagera no marketing, mas tem talento. Os números, entretanto, mostram que em 2024 ainda não foi o oposto que encheu os olhos do mundo no pré-olímpico do Rio.

 

Na VNL não respondeu e virou incógnita em Paris.

 

Honorato ganhou milhas, mas é uma opção interessante como décimo terceiro.

 

A questão é o ritmo de jogo.

 

As escolhas de Bernardinho depois da promessa de renovação, mostram que 8 dos 12 que fracassaram em Tóquio estarão em Paris, sendo que são 4 titulares, sem contar com Bruno, sempre uma ameaça.

 

 

Resumindo: só o talento individual pode salvar o Brasil.

 

É a única esperança em Paris.