'Rodovia da Morte': ANTT marca leilão da BR-381, em MG, para agosto

Proposta passou por revisão técnica e foi aprovada nesta quinta-feira (16). Projeto prevê investimento de R$ 9 bilhões para trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

'Rodovia da Morte': ANTT marca leilão da BR-381, em MG, para agosto
Rodovia BR-381, em MG — Foto: DNIT/Divulgação
'Rodovia da Morte': ANTT marca leilão da BR-381, em MG, para agosto

Por g1 Minas — Belo Horizonte

O leilão de concessão da BR-381, em Minas Gerais, deve acontecer no próximo 29 de agosto, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A autopista é conhecida como "Rodovia da Morte", em razão do grande número de acidentes registrados anualmente.

De acordo com a ANTT, a proposta passou por revisão técnica e foi aprovada nesta quinta-feira (16). O projeto prevê um investimento de R$ 9 bilhões para o trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce, com cerca de 303,4 km de extensão.

Durante 30 anos, a empresa que arrematar a oferta será responsável por obras de revitalização e melhorias na via, como:

  • 27,83 km de duplicação de obras remanescentes;
  • 106,44 km de duplicação de novos trechos;
  • Implementação de aproximadamente 83 km de faixas adicionais;
  • Implementação de 9,7 km de vias marginais;
  • Construção de 20 passarelas;
  • Construção de 15 passagens de faunas;
  • Construção de uma área de escape.

"O ponto de partida é a busca por maior segurança e fluidez viária. [...]. É importante esclarecer que, assim que a concessão iniciar, o processo de trabalhos iniciais começará, e em poucos meses já serão perceptíveis melhorias no asfalto e na sinalização, o que permitirá uma redução nos acidentes", destacou o diretor-relator do projeto, Guilherme Theo Sampaio.

Ainda conforme o órgão, a concessão pode gerar cerca 73 mil empregos diretos, indiretos e efeito renda, contribuindo para o crescimento econômico e a geração de oportunidades de trabalho no estado.

Descontos no pedágio

O critério do leilão será o maior desconto no pedágio. Para isso, a ANTT estabeleceu a necessidade de aportes de recursos para abatimentos superiores a 18% da tarifa.

O depósito precisa ser feito pela concessionária para assegurar a sustentabilidade econômico-financeira da proposta ao longo dos anos de concessão. Essa abordagem busca reinvestir os recursos no projeto por meio de mecanismos previstos no contrato.