Covid: 1ª pessoa a morrer com variante Delta no Brasil era gestante de 42 anos

Ela foi submetida a uma cesárea de emergência, e bebê sobrevivente testou negativo

Covid: 1ª pessoa a morrer com variante Delta no Brasil era gestante de 42 anos
Foto: Ronaldo Schemidt / AFP

 

Por ESTADÃO CONTEÚDO

primeira pessoa que morreu vítima da variante Delta (identificada primeiramente na Índia) no Brasil foi uma mulher, de 42 anos, que estava grávida. Ela morava no Paraná e foi o segundo caso confirmado nesse Estado. 

A mulher apresentou sintomas dois dias após chegar ao Brasil - o local da viagem não foi divulgado. Oito dias depois, foi internada. 

O quadro piorou e, no terceiro dia de hospitalização, ela morreu após uma cesária de emergência no dia 18 de abril, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira. O óbito só foi divulgado neste fim de semana. 

O recém-nascido prematuro testou negativo para Covid-19 e se encontra saudável, após dois meses internado. A Secretaria de Saúde do Estado não considera que há transmissão comunitária da Delta na região e informa que aguarda a análise de outras amostras também enviadas para o programa de vigilância realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Identificada pela primeira vez na Índia, a variante Delta do novo coronavírus está avançando por todo o planeta e preocupa especialistas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa circula por 92 países. No Brasil, o Ministério da Saúde informa que, até o momento, 11 casos já foram detectadose. Apenas a Região Norte continua sem incidência da variante.

Goiânia é a única cidade do País a constatar transmissão comunitária da cepa. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o caso da variante Delta foi detectado em um estudo feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás, que testou 62 pessoas. A cepa foi identificada em uma jovem com sintomas leves e sem histórico de viagem. O município informa que outros casos de Covid-19 foram confirmados após uma busca ativa da Vigilância Sanitária em contatos próximos dela. Apesar disso, como essas pessoas não eram participantes do estudo, não é possível afirmar que também sejam infecções pela Delta.