Gasolina em BH aumenta 7,4% em 1 mês, após altas da Petrobras e greve

Gasolina em BH aumenta 7,4% em 1 mês, após altas da Petrobras e greve
Preço do etanol mantém-se acima de 70% do preço da gasolina Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

 

 

Por GABRIEL RODRIGUES

 

 

O preço médio da gasolina em Belo Horizonte aumentou 45% desde janeiro e, hoje, chega a R$6,74, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (1º). O maior preço encontrado pelo rastreamento, realizado em 145 postos da capital e região metropolitana entre os dias 25 e 28 de outubro, ultrapassa R$7. 

Em 21 dias, desde a primeira semana de outubro, a gasolina aumentou R$0,46, alta de aproximadamente 7,4% em menos de um mês. No intervalo, houve a greve dos tanqueiros, que elevou preços ao menos temporariamente, e dois aumentos anunciados pela Petrobras. 

 

“O consumidor definitivamente não suporta mais aumento de preço. Só para ele ter uma noção, está gastando em media de R$100 a mais toda vez que abastece o tanque, comparado à média em janeiro”, pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. A diferença de preço entre postos é de praticamente R$0,50 — o preço mais barato, R$6,57, foi encontrado em um estabelecimento na região Noroeste, e o mais caro, R$7,01, na região Oeste da capital. 

O etanol, que começou o ano a R$3,21 e, agora, é vendido a R$5,26, chega a 78% do preço da gasolina, mantendo-se como uma escolha desvantajosa para o motorista. 

O preço médio do diesel, que afeta especialmente os caminhoneiros, subiu 6,8% em menos de um mês, alta acumulada de quase 40% desde janeiro, e chega a R$5,38. “O caminhoneiro está pagando, de janeiro até agora, em média, R$1,53 a mais em cada litro do diesel. A gente deve continuar pesquisando, lutando bastante e evitando ao máximo o consumo de combustíveis, se possível. Reduzir o consumo vai ser a única resposta que o consumidor poderá dar efetivamente neste momento”, avalia Abreu. 

A partir desta segunda-feira, o valor utilizado como base para cobrança do ICMS sobre combustíveis também aumentou, inclusive em Minas Gerais. Ao mesmo tempo, começa a valer o congelamento dos aumentos dos valores, que não sofrerão reajuste durante três meses. Na perspectiva de analistas do mercado, a mudança tem potencial para frear as altas de preço, mas não para impedi-las ou levar a queda dos valores cobrados nos postos.