Prefeitura de Poços de Caldas alerta turistas sobre os riscos da febre amarela

Cartazes foram colocados nos pontos turísticos incentivando a vacinação e pedindo para não alimentar os macacos.

Prefeitura de Poços de Caldas alerta turistas sobre os riscos da febre amarela
Turista alimenta macaco em Poços de Caldas — Foto: Fabiana Assis/g1

Por g1 Sul de Minas

 

Poços de Caldas (MG) teve um movimento de turistas intenso no feriado duplo de Sexta-feira Santa e Tiradentes. E, a cidade que é um dos atrativos do Sul de Minas, fez uma campanha para alertar os turistas sobre o risco da febre amarela.

Entre as estratégias de conscientização dos visitantes foram instaladas placas nos pontos turísticos, alertando sobre a importância da vacinação e do uso de repelentes, sobretudo nas áreas próximas às matas.

Poços de Caldas tem um caso confirmado de febre amarela em humano neste ano. Em abril, um homem de 36 anos foi internado com sintomas da doença. Ele segue em tratamento. Houve também a confirmação em um macaco.

A cidade está localizada em uma região considerada corredor ecológico, o que aumenta o risco de circulação do vírus.

A vacina é o melhor meio de proteção e deve ser tomada com pelo menos 10 dias de antes de uma viagem para áreas de risco.

 

Macaco não é vilão

Na placas, a prefeitura também reforça a importância da preservação dos macacos muito comuns em vários pontos turísticos, como a Fonte dos Amores. O animal não transmite a doença, mas serve de hospedeiro para o vírus.

O secretário de Turismo, Arison Siqueira, destaca a preocupação com possíveis agressões aos animais, motivadas por desinformação. “Há pessoas que ainda associam, de forma equivocada, a transmissão da doença aos macacos. Isso é extremamente preocupante. Os bugios são grandes semeadores das florestas e sua ausência pode trazer sérias consequências à biodiversidade local.”

Agressões a primatas são consideradas crime ambiental. Também não é recomendado alimentá-los.

"Há o risco para a população de primatas, uma vez que os alimentos que são ofertados para eles não são alimentos que fazem parte da sua dieta natural e isso promove uma mudança na dinâmica da população desses primatas dentro da natureza. Ele deixa de buscar alimento de forma natural e também causa uma distorção da forma como eles lidam entre eles nos seus grupos populacionais", explicou o coordenador da vigilância ambiental de Poços de Caldas, Jorge Miguel Ferreira Lago.