BH tem crescimento de 90% no atendimento a suspeitos por Covid

BH tem crescimento de 90% no atendimento a suspeitos por Covid
Na primeira semana do ano, UPAS ficaram cheias de pacientes com sintomas gripais Foto: Videopress Produtora

 

 

Por CINTHYA OLIVEIRA

 

A primeira semana do ano foi a de maior pressão nos pronto-atendimentos de Belo Horizonte desde o início da pandemia. De acordo com o boletim epidemiológico da prefeitura divulgado nesta segunda-feira (10), a semana fechou com a contagem de 33.487 atendimentos a pacientes com suspeita de Covid, um crescimento de 90% em relação à semana anterior, quando foram 17.614 registros. 

Para se ter uma ideia da pressão que esse grande volume de pacientes provoca no sistema de saúde, o recorde da semana passada foi 51% maior do que o segundo maior número de atendimentos registrados na pandemia – entre 14 e 20 de março, início do pior pico da Covid, quando foram registrados 22.140 atendimentos a casos suspeitos.

O grande número de pessoas com Covid e outras doenças respiratórias, como Influenza, também se reflete na ocupação de leitos. Em uma semana, o número de vagas de leitos clínicos para Covid na rede SUS cresceu de 220 para 325, mas a taxa de ocupação geral, unindo a rede SUS e a particular, segue no nível vermelho, com 72,3%.

A taxa de ocupação na UTI Covid passou por uma leve elevação, de 63,4% para 64,4%. A situação é pior na rede pública, onde 83,7% dos 104 leitos de terapia intensiva para pessoas com a doença (ou suspeita) estão em uso.

Isso deve ao aumento de casos de infectados pelo coronavírus, mas também à alta transmissão da Influenza e outros vírus. “É importante reforçar que pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a Covid-19, também podem estar internados nos leitos de UTI e Enfermaria dedicados à doença, já que os sintomas são semelhantes”, afirmou a prefeitura por meio de nota.

O boletim revela que a taxa de transmissão do coronavírus está estável, em 1,14 – ou seja, cem infectados transmitem, em média, para 114 pessoas. Mas a incidência da doença continua muito alta. No dia 20 de dezembro, eram 11,4 casos da doença a cada 100 mil habitantes. Agora, são 173,2 infectados a cada 100 mil moradores.

O boletim indica ainda que Belo Horizonte registrou, até o momento, 7.115 mortes por Covid desde o início da pandemia – nove a mais do que o último boletim, publicado na sexta-feira (7).