Dino notificará redes sobre ataques às escolas e estuda investigação da PF

“Se não forem atendidas, vamos tomar providências judiciais e policiais contra as plataformas“, disse o ministro da Justiça

Dino notificará redes sobre ataques às escolas e estuda investigação da PF
Na imagem, o ministro da Justiça, Flavio Dino, durante coletiva de imprensa sobre reunião com representantes de redes sociais — Foto: Gabriela Oliva/O TEMPO Brasília

 

Por Gabriela Oliva Publicado em 10 de abril de 2023 | 19h18 - Atualizado em 10 de abril de 2023 | 19h31

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou nesta segunda-feira (10) que irá notificar as plataformas de mídia para que colaborem no monitoramento e combate dos casos suspeitos de ataques à escolas, além de apologia ao ódio e à violência.

"Apresentamos as plataformas a nossa indignação e espanto com o que está circulando nessas redes em escala industrial. Estamos vendo o pânico sendo instalado nos seios das escolas e família e não identificamos ainda a proporcionalidade entre a reação das plataformas com a gravidade dessa autêntica epidemia de violência que ameaça as nossas escolas”, disse o ministro. 

Dino também afirmou que, caso as plataformas não colaborem, medidas judiciais cabíveis serão tomadas. Entre as ações estudadas, está um pedido para que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito policial. "Se a notificação não for atendidida, vamos tomar as providências judiciais e policiais contra as plataformas". 

Como apurou a reportagem de O TEMPO, o Twitter é uma das plataformas visadas pelo governo. Isso porque a rede social recentemente mudou a sua política de moderação após aquisição por Elon Musk, dificultando monitoramento de violência.

O ministro se reuniu de forma híbrida com os representantes da Meta (Facebook, Twitter e Whatsapp), Kwai, TikTok, Whatsapp, Twitter e Google. Na última semana, Dino conversou com o representante do Discord.

Além do ministro Flávio Dino, também participaram da reunião o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, a coordenadora de Direito Digital do MJSP, Estela Aranha, além de representantes da PF e Ministério Público.