Novo lote da Pfizer será enviado para 70 cidades de MG, diz secretário de Zema.

Mateus Simões afirmou que isso ajudará a reduzir a desproporção, que tem sido apontada por prefeitos, com benefícios a cidades como Belo Horizonte e Juiz de Fora Siga O TEMPO no Google News Por DA REDAÇÃO Qui, 20/05/21 - 10h01

Novo lote da Pfizer será enviado para 70 cidades de MG, diz secretário de Zema.
Vacinas da Pfizer vão começar a ser enviadas também para o interior

Diante das insatisfações das prefeituras, que apontam uma discrepância no percentual de envio de doses de vacina, em relação ao total da população dos municípios, o secretário geral do governo de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou que a próxima leva de doses de vacinas da Pfizer contra a Covid-19 já poderão ser enviadas a outros 70 municípios do Estado. Nas primeiras remessas entregues pelo governo federal, o total dos imunizantes foi repassado a Belo Horizonte, em razão de determinações relativas ao acondicionamento em freezers de baixas temperaturas. A declaração foi dada ao Café com Política, do Super N Primeiras Notícias, da rádio Super 91,7 FM.

Mateus Simões alegou que essa entrega de 100% das doses para a capital mineira é um dos fatores que explica a desproporção. O TEMPO mostrou que Belo Horizonte e Juiz de Fora estão sendo beneficiadas em relação a outros municípios.

"Isso é uma coisa que chama atenção de todos nós que abrimos o jornal, que acompanhamos o vacinômetro. Que algumas cidades vão percentualmente na frente. Belo Horizonte fica normalmente seis a sete pontos percentuais na frente de outros municípios do Estado. Existem três explicações. Primeiro: as doses direcionadas à saúde acabam obviamente beneficiando, por assim dizer, as cidades que têm mais médicos, enfermeiros e hospitais, que reúnem maior número de profissionais de saúde. É o caso de Belo Horizonte, de Uberlândia e Juiz de Fora, que são as grandes sedes macro de saúde do Estado. Nós temos um segundo fator, que são as populações que foram vacinadas na frente. Isso acontece em  algumas cidades onde há indígenas ou quilombolas em maior volume, e que também estão bem na frente de outras cidade do lado. E, agora, nós temos uma diferença em Belo horizonte, especificamente, com a chegada da Pfizer. Como a regra do governo federal nao permitiu distribuir Pfizer no Estado como todo, a Pfizer teve que ser toda oconcentrada na capital, isso fez com  que a capital avançasse muito mais rápido na vacinação de comorbidades. Mas a boa notícia é que, nos próximos dias, a próxima leva da Pfizer via ser distribuída para outras setenta cidades. Betim e Contagem, inclusive, e aí nós vamos conseguir dar uma reequilibrada nisso".

Mateus Simões afirmou que na medida em que a vacinação avançar para os critérios por idade, essa desproporção desaparecerá.

Vacinação até o fim do ano

O secretário do governo de Minas afirma que dificilmente será possível cumprir a meta de vacinar toda a população adulta do Estado até setembro, em razão da redução do ritmo de produção no Butantã e na Fiocruz.

"A nossa meta era vacinar todo mundo até setembro, mas nesse momento nos parece, pela redução da velocidade de  produção do Butantan e da Fiocruz, que nós precisaremos de ir até o final do ano com a vacinação para poder nos cobrir toda a população. Agora, é claro que a medida que a gente via se afastando da população mais velha, entrando na casa dos 50 anos, 40 anos, o índice de mortalidade vai ficando muito mais baixo, e a gente vai tendo também a proteção de rebanho ao longo desse período. Mas infelizmente nos parece a essa altura que com falta de vacinas do Butantan e Fiocruz, que reduziram muito a velocidade nas duas últimas semanas nós vamos esticar mais uns dois meses o processo de vacinação no país", explicou.

Retorno das aulas

Mateus Simões destacou que o Estado está confiante de que uma decisão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no próximo dia 27 possa permitir a volta às aulas em Minas Gerais. Pare ele, embora a vacinação dos professores seja uma prioridade para o governo, ela não é quesito obrigatório para a volta às aulas.

"Nós não precisamos de vacinar os professores para retomar as aulas. Na visão do Estado, nós já deveríamos ter retomado as aulas. Tínhamos liberado as aulas no ano passado, em setembtro, mas, infelizmente, uma sequencia de decisões judiciais impediu o retorno, e Minas é um dos últimos Estados do país, e certamente do mundo, em que ainda não temos aulas regulares acontecendo. Com raras exceções, para ensino infantil. A nossa preocupação é retomar as aulas o quanto antes e, para isso, estamos muito confiantes num julgamento que vai acontecer daqui a exatamente uma semana lá no Tribunal de Justiça em que a gente tenta demonstrar, mais uma vez, a segurnaça plena dos protocolos que Minas está adotando. Nossas escolas estão absolutamente prontas para receber os alunos, os professores, em condições plenas de segurança", encerrou.