Preço da gasolina volta a subir em BH, mesmo sem reajuste da Petrobras

Preço da gasolina volta a subir em BH, mesmo sem reajuste da Petrobras
Aumento do preço da gasolina não foi provocado por reajustes da Petrobras, desta vez — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

Por Gabriel Rodrigues
 

O preço da gasolina e do etanol em Belo Horizonte teve um aumento de alguns centavos no último mês, após uma temporada de sucessivas quedas, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (24). O aumento acompanha a tendência do Brasil, que registrou alta da gasolina pela segunda semana consecutiva, após 15 semanas de diminuição, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

Em BH, a alta da gasolina foi de 1,34%, e o preço médio passou de R$ 4,74, no final de setembro, para R$ 4,80, entre os dias 18 e 22 de outubro, alta de R$ 0,06. O aumento não foi ocasionado, desta vez, por reajustes da Petrobras. O administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, explica o possível mecanismo da atual alta: “A justificativa é o aumento do álcool anidro, que compõe a gasolina, hoje, em 27%. Isso respingou no valor dela”, pontua.

Neste momento, o fim da safra de cana-de-açúcar pressiona o preço do combustível. O etanol em si teve uma alta mais elevada, de 7,13%, e passou de R$ 3,39 para R$ 3,63. Assim, ele já não é considerado viável para o motorista na capital, pois representa 76% do valor da gasolina.

 

Mesmo com o aumento de preço, a gasolina só passou de R$ 5 em um dos 186 postos consultados pelo Mercado Mineiro. A variação de preços entre os estabelecimentos, apurou o site, foi de 9,27%. O menor preço registrado foi R$ 4,64, no bairro União, na região Nordeste de BH. O maior foi R$ 5,07, na Pampulha. A variação do álcool é maior, de 17,7%. O valor mais baixo, R$ 3,39, foi encontrado no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste, e o mais alto, R$ 3,99, no Santa Lúcia, na região Centro-Sul.

Na contramão, preço do diesel cai

O preço médio do diesel, por outro lado, caiu 1,79%, e passou de R$ 6,79 para R$ 6,67. Ele se mantém mais caro que a gasolina, inversão que ocorreu em junho de 2022 e se manteve desde então. O levantamento completo e o endereço dos locais pesquisador estão disponíveis no site Mercado Mineiro.