Vale do Aço, Oeste e Central são as regiões de MG mais preocupantes, diz governo

Ocupação dos leitos nos municípios está cada vez mais perto de 100?stado diz que abertura de novas vagas não acompanha alta da transmissão da doença

Vale do Aço, Oeste e Central são as regiões de MG mais preocupantes, diz governo
Secretário de Estado de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti Foto: Reprodução

Por LUCAS MORAIS

31/03/21 - 14h43

Mesmo com medidas mais restritivas para evitar a transmissão do coronavírus há quase 15 dias, o avanço da pandemia nas regiões Oeste, Vale do Aço e Central, que inclui os municípios da Grande BH, preocupa o governo mineiro. Conforme o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, a ocupação dos leitos de UTI nessas áreas está cada vez mais próxima de 100% – algumas microrregiões já atingiu o limite, como Guanhães, João Monlevade e Vespasiano.

"Cada dia que se passa percebemos um aumento no número de pacientes que aguardam leitos de terapia intensiva, além de enfermaria. É uma alta progressiva e muitos pacientes aguardando (disponibilização de uma vaga). Parece haver um platô, algumas regiões melhoraram, mas a tendência no estado ainda é de subida, especialmente Vale do Aço, Oeste e Central, que nos preocupa muito. A Central tem o maior número de pacientes aguardando leito", declarou.

O secretário lembrou ainda que há uma dificuldade cada vez maior para a abertura de novos leitos, principalmente pela falta de recursos humanos e até insumos usados nos hospitais, que desde a semana passada começaram a atingir estoques críticos. "CTI continua sendo um ponto mais sensível, é muito difícil abrir leitos, mas estamos nos esforçando. Abrimos 33 na Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), tentando outros 40 na rede da região Central, buscando com municípios e prestadores a abertura", disse.

Por conta do grande crescimento de casos e, consequentemente óbitos, o Baccheretti explicou que o ritmo de avanço da doença é muito maior que a capacidade de criar novas vagas nas unidades de saúde. Em todo o Estado, 762 pessoas aguardam por uma vaga em um leito de UTI.