Sobrevivente de barco que naufragou conseguiu resgatar amigo do fundo de represa em Araguari
Terceira vítima nadou para o lado oposto da margem e não resistiu. Corpo foi resgatado no domingo (16) pelos Bombeiros.

Por Caroline Aleixo, g1 Triângulo — Araguari
Um dos sobreviventes do naufrágio no Rio Paranaíba, no sábado (15) na zona rural de Araguari, relatou aos militares que tentou salvar os dois amigos durante o afogamento, conseguindo puxar um deles para a superfície.
Quando o barco virou e começou a afundar, os três ocupantes tentaram desvirá-lo. Ao verem que não conseguiriam, começaram a nadar para se salvar. As três vítimas não usavam coletes salva-vidas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima disse que ao olhar para trás e não ver mais os amigos, ele retornou a nado e gritou por eles.
Neste momento, encontrou um dos colegas submergindo e conseguiu puxá-lo pelo braço. Os dois chegaram a afundar e, quando sentiu o fundo da represa, pegou impulso e conseguiu arrastar a vítima para a margem. Foi então que gritou por socorro e foram socorridos por moradores de um rancho da região.
Os dois sobreviventes do afogamento foram resgatados pelos militares com sintomas de hipotermia, dores de cabeça e pelo corpo, além de náuseas. Eles foram levados para atendimento médico na UPA de Araguari.
Vítima nadou para lado oposto
O afogamento ocorreu em uma parte represada do Rio Paranaíba após os amigos saírem para pescar. Conforme o relato das testemunhas, o outro colega, de 36 anos, teria nadado para o sentido oposto da margem, tendo submergido e não sendo mais visto.
Os militares fizeram as buscas pela região e encontraram o corpo da vítima, no domingo (16), a aproxidamente dois metros de profundidade e a 15 metros de distância da margem.
Ele teria sido o primeiro a pular do barco durante o naufrágio, sabia nadar e não teria consumido bebida alcoólica.
Investigações
O dono do barco foi identificado e a documentação estava regular. O homem disse que os amigos pegaram o barco sem a autorização dele.
A embarcação ficou parcialmente submersa na área do acidente e a Capitania Fluvial de Minas Gerais foi acionada para apurar as circunstâncias do naufrágio.
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