Galo x River Plate: volta da torcida é marcada por descumprimento de protocolos

Por O TEMPO
Não funcionou. Se era para manter o distanciamento, evitar abraços, usar máscaras e fazer o uso de álcool em gel, quase não se viu, ainda mais no momento da euforia dos gols. O embate entre Atlético e River Plate, duelo que marcou a volta do público aos estádios de futebol em Belo Horizonte, parecia um jogo como qualquer outro antes de março de 2020, quando a pandemia proibiu os torcedores de acompanhar seus times de perto.
Apesar de Atlético e Mineirão se esforçarem para cumprir os protocolos exigidos pelas autoridades sanitárias, o torcedor não os respeitou. Embora o Mineirão tenha recebido apenas 30% de sua capacidade, cerca de 17 mil torcedores, o atleticano institiu em tomar sua cerveja do lado de fora até momentos antes da partida (dentro era proibido) e, já nas arquibandada, gritou e extravasou como há muito tempo estava cessado.
O Mineirão abriu todos os seus setores e portões, mas houve vários registros de tumuldo nas diferentes pontos de triagem, para a entrega do teste de Covid, logo no começo da esplanada, na revista e também nas catracas do setor Norte. A famosa Rua do Peixe esteve lotada até momentos antes de a bola rola.
Grande parte dos torcedores ignorou o uso da máscara, mesmo quando não estava consumindo alguma bebida ou alimento. Não houve registros mais graves de dificuldade de entrada dos torcedores, que precisavam apresentar o QR Code no ingresso nominal impresso ou no celular.
O decreto municipal da Prefeitura de Belo Horizonte que liberou o público estabeleceu um distanciamento de 1 m entre grupos familiares. A norma ficou só no papel. Os assentos foram demarcados para evitar a aproximação de desconhecidos mas poucos respeitaram.
Houve muita fila nos bares e nos banheiros, também, sem distanciamento. O Mineirão colocou diversos orientadores de público mas era difícil conter a euforia do atleticano. Uma reunião na próxima terça-feira entre organizadores e PBH vai avaliar esse primeiro jogo com público em BH, considerado como um teste para futuros eventos.
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