MATERLÂNDIA: PCMG deflagra OPERAÇÃO AMAPÉ e prende falso curandeiro pela prática do crime de violação sexual mediante fraude

MATERLÂNDIA: PCMG deflagra OPERAÇÃO AMAPÉ e prende falso curandeiro pela prática do crime de violação sexual mediante fraude
Imagens da PCMG

A PCMG, por meio da Delegacia de Polícia de Sabinópolis, desencadeou na data de hoje (23/06/2021), na cidade de Materlândia, a "Operação Amapé" que culminou no cumprimento de mandado de preventiva expedido em desfavor de um homem de 42 anos que foi investigado e indiciado pela prática do crime de violação sexual mediante fraude, também denominado como "estelionato sexual", cuja pena varia de 02 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão.

De acordo as investigações, restou comprovado que o indiciado, de forma ardilosa, se passava por um curandeiro de nome JOAQUIM DE AMAPÉ para aplicar o golpe nas vítimas. Por meio desse personagem fictício, e modificando a sua própria voz, o indiciado ligava para as vítimas informando que existia uma espécie de "mandinga" em desfavor delas, e que elas precisariam cumprir determinadas coisas - inclusive relações sexuais - para que, assim, elas conseguissem se livrar do suposto "mal olhado", sob pena de se não cumprissem, sofrerem um mal maior - elas morrerem ou algum familiar morrer etc.

"Como as vítimas eram pessoas conhecidas do indiciado, tendo ele conhecimento da rotina, de nomes de familiares e acontecimentos recentes, as vítimas acabavam acreditando numa espécie de poder mediúnico do tal curandeiro Joaquim de Amapé", afirma o Delegado Sávio Moraes.

O modus operandi do indiciado era o seguinte: passando-se pelo curandeiro JOAQUIM DE AMAPÉ, ele fazia contato telefônico com as VÍTIMAS e afirmava que elas precisavam se encontrar com determinado homem (que era o próprio indiciado) em certo local, e com ele manter relações sexuais. O suposto curandeiro JOAQUIM  AMAPÉ afirmava que só tal homem (que era o próprio indiciado)  seria capaz de conceder o "livramento" para a VÍTIMA, isto é, só mantendo relação sexual com tal homem (que era o próprio indiciado) que o "feitiço" seria quebrado e, assim, a VÍTIMA estaria a salvo de um mal maior.

Por meio de técnicas de investigação policial, restou devidamente comprovado que o curandeiro JOAQUIM DE AMAPÉ não existe e que se trata de um personagem fictício criado pelo indiciado para aplicar o referido golpe. 

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Dr. Sávio Moraes: "a equipe de investigação da Delegacia de Sabinópolis fez um trabalho de investigação criminal genuína, investigação técnica na essência, que só foi exitosa devido ao uso da tecnologia e de técnicas de inteligência policial. Essa é a primordial função da Polícia Judiciária: investigação criminal qualificada".

O inquérito foi relatado e o falso curandeiro investigado foi indiciado e preso pela prática do crime de violação sexual mediante fraude contra duas vítimas, um na forma consumada e outro na forma tentada. Apesar da conclusão do inquérito, não se descarta a possibilidade da existência de outras vítimas.

O preso foi encaminhado ao Presídio de Guanhães onde se encontra à disposição da justiça.