Maioria do STF decide que as escolas devem enfrentar o bullying dirigido a pessoas trans

Os ministros da Suprema Corte julgam uma ação do PSOL que questiona pontos do Plano Nacional de Educação (PNE)

Maioria do STF decide que as escolas devem enfrentar o bullying dirigido a pessoas trans
O prédio do STF, em Brasília, STF, iluminado em homenagem à semana do orgulho LGBTQIAPN+ em junho de 2024

 

Por Gabriela Oliva

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (28) sobre a obrigação das redes de ensino pública e privada em adotar medidas contra a discriminação de crianças e adolescentes por questões de gênero e orientação sexual no ambiente escolar. 

 

 

A maioria dos ministros acompanhou o relator do caso, ministro Luiz Edson Fachin, em uma ação do PSOL que questionava o Plano Nacional de Educação (PNE).

 

O PNE, aprovado em 2014, tem como uma de suas diretrizes a erradicação de todas as formas de discriminação, mas Fachin destacou a necessidade de explicitar a proteção contra discriminações de gênero e orientação sexual para evitar lacunas na garantia de direitos constitucionais.

 

"Entendo fazer-se necessária a explicitação, no Plano Nacional de Educação, de que a lei está orientada para a finalidade de combate às discriminações de gênero e de orientação sexual", afirmou o ministro.

 

 

Os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Luiz Fux apoiaram integralmente o relator, enquanto Cristiano Zanin e Flávio Dino defenderam que as escolas também devem ajustar conteúdo e metodologia conforme faixas etárias e ciclos educacionais.

 

O caso segue em julgamento virtual até o fim desta sexta-feira (28), podendo ser objeto de pedido de vista ou destaque