Ex-militar tem surto e tenta 'ressuscitar' irmão em Governador Valadares
Por 48 horas, homem ficou passando óleo no corpo do familiar para que ele levantasse Por CAROLINA CAETANO 04/06/21 - 09h21

Um ex-militar, excluído da corporação, precisou ser contido após ter um surto, nessa quinta-feira (3), e tentar ressuscitar o irmão que havia morrido 48 horas antes em Governador Valadares, na região do Rio Doce.
"Um cidadão faleceu dentro da casa, e o irmão dele, ex-militar excluído da PM, estava na residência, teve um surto psicótico e achou que poderia ressuscitá-lo. O 190 (telefone da polícia) foi acionado e nós deslocamentos para o local", explicou o tenente Luiz Allan Carvalhaes, comandante da 5ª Companhia.
Na chegada, militares encontraram o ex-PM trancado dentro de um quarto, e o corpo do irmão estava em um outro cômodo. Os policiais foram informados que o ex-agente estava armado com facas, arma e bananas de dinamite sendo necessário acionar uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de Belo Horizonte.
"Quando o pessoal do Bope chegou para fazer a retirada dele resguardando a integridade física e a vida dele, ele saiu e nós colocamos a algema. Levamos ele para ser medicado pelo Samu e levado ao médico. Na casa moram a mãe, a companheira dele e morava também esse irmão que faleceu. No momento que chegamos só os dois estavam dentro da casa", detalhou o militar.
Ainda conforme o policial, a corporação foi acionada pelos vizinhos, uma vez que a família esperava que ele melhorasse do surto. A polícia não informou por qual motivo o homem foi excluído da corporação e o fato do corpo não ter sido retirado do imóvel antes.
Ex-militar diz ser "médium"
Ainda conforme o tenente-coronel, durante o tempo que o corpo ficou na casa, o ex-PM chegou a passar óleo no irmão para que ele ressuscitasse.
"As mãos dele saíram amarelas, ele fala que é médium e chegou a colocar fogo no quarto em que vivia. Ele não falava nada com nada. Ao ser retirado da residência, ele não reagiu, ele nos conhece, já trabalhou com a gente. Disse que éramos amigos", afirmou o tenente-coronel.
Após ser medicado, o homem foi encaminhado à delegacia.
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