Contra desinformação, TSE divulga ações para aumentar transparência eleitoral
Tribunal informa que foram recebidas 44 sugestões e 10 serão implementadas, mas não detalha quais delas são das Forças Armadas

Por LUANA MELODY BRASIL | O TEMPO BRASÍLIA
25/04/22 - 18h33
Após reunião dos membros da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) da Justiça Eleitoral, da qual fazem parte as Forças Armadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou na noite desta segunda-feira (25) o "Plano de Ação para Ampliação da Transparência do Processo Eleitoral".
A iniciativa tem como foco combater a desinformação sobre a segurança das urnas eletrônicas e a transparência das eleições no geral, que são constantemente atacadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Segundo o comunicado do TSE, foram recebidas 44 sugestões dos membros da CTE e desse total serão implementadas 10 ações, que formam o plano. Confira os detalhes das ações clicando aqui.
"Entre as sugestões acolhidas estão: a de antecipação do código-fonte, a ampliação da amostra do teste de integridade, o início de projeto-piloto para futura disponibilização do código-fonte, o aumento da comunicação às entidades fiscalizadoras para que tomem parte na cerimônia de preparação das urnas, a incorporação da ideia de publicação dos arquivos RDV ao plano de ação, além da contínua melhoria da comunicação institucional do TSE", detalhou o comunicado.
O tribunal informou que das Forças Armadas foram recebidas seis sugestões, mas não especificou quais dessas serão implementadas no plano de ação. Além das Forças Armadas, também são membros da CTE os representantes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Polícia Federal, além de outros órgãos públicos e da sociedade civil, como universidades e organizações.
Durante a transmissão da live da quinta-feira 14 de abril, Bolsonaro antecipou que as Forças Armadas sugeriram que os votos sejam totalizados nos estados, por meio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e maior participação na conferência dos votos.
Os militares estão em crise com o ex-presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
No domingo (24), o ministro afirmou que as Forças Armadas “estão sendo orientadas a atacar” o processo eleitoral “e tentar desacreditá-lo”, provocando reações da cúpula militar e do governo federal, representado pelo Ministério da Defesa.
Comentários (0)
Comentários do Facebook