Bolsonaro participa de motociata em Orlando, nos Estados Unidos, neste sábado

Por Lucyenne Landim
O presidente Jair Bolsonaro (PL) irá participar de uma motociata na cidade de Orlando, localizada na Flórida, nos Estados Unidos, na manhã deste sábado (11). Acostumado a estar em eventos semelhantes em cidades do Brasil, está será a primeira vez que o mandatário irá a uma motociata fora do país - apoiadores já fizeram o ato em Miami, mas sem a presença do presidente.
De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro, haverá um encontro com a comunidade brasileira na cidade americana às 11h do horário local. Neste compromisso será feita a motociata.
O evento com apoiadores está sendo encarado como um desafio para a segurança do presidente da República e pelo Itamaraty, que cuida da relação diplomática. A informação é da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
De acordo com ela, o Itamaraty está acostumado a participar da organização e montagem de agendas bilaterais com chefes de Estado, conferências, cúpulas e visitas a empresas e a instituições governamentais, mas nada comparável a eventos não oficiais com apoiadores. Além disso, há dificuldades para a diplomacia brasileira e para oficiais americanos de garantir a segurança de Bolsonaro e seus auxiliares.
Antes da motociata, o presidente da República irá participar da cerimônia de inauguração do vice-consulado do Brasil em Orlando e de uma reunião com os prefeitos de Orlando, Buddy Dyer, e de Miami, Francis Suarez. O último compromisso do dia é o retorno a Brasília (DF).
Bolsonaro viajou aos Estados Unidos na noite de quarta-feira (8) para a 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles. No evento, o presidente discursou tanto para a comunidade internacional, que o pressiona e o critica pelas políticas de proteção ambiental do governo, quanto à sua base eleitoral, ao defender "liberdades individuais".
O mandatário também comentou esperar que o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira sejam encontrados com vida diante de uma repercussão nacional e internacional negativa para a imagem do governo em ano eleitoral com o caso.
Outro compromisso da viagem foi uma reunião reservada de cerca de 30 minutos com o presidente americano Joe Biden, na quinta-feira (9). Bolsonaro disse que os dois ficaram sentados "numa distância inferior a 1 metro, sem máscara".
"Senti no presidente Biden muita sinceridade e muita vontade em resolver certos problemas que fogem, obviamente, da responsabilidade de cada um de nós, mas juntos poderemos buscar alternativas para por um fim nesses conflitos", afirmou, referindo-se indiretamente à guerra entre Rússia e Ucrânia.
"A experiência de ontem com o presidente Biden foi fantástica, estou realmente maravilhado e acreditando em suas palavras e naquilo que foi tratado reservadamente entre nós", acrescentou, em discurso na sexta-feira (10).
Em outro momento, durante a live semanal, Bolsonaro trocou o nome de Biden pelo do ex-presidente americano Donald Trump. Na sequência, corrigiu-se.
"Tivemos um encontro bilateral com o presidente [dos EUA] Trump... Joe Biden. Desculpa o ato falho. Vai ser um escândalo na imprensa", disse o presidente enquanto ria.
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