BH avalia volta às aulas presenciais para março

Segundo secretaria municipal de Educação, possibilidade é analisada para educação infantil, já que aparentemente há um risco menor de contaminação nessa faixa etária

BH avalia volta às aulas presenciais para março
Foto: Youtube/Reprodução

 

Por GABRIEL RODRIGUES E ALINE GONÇALVES

 

A Prefeitura de Belo Horizonte informou, nesta sexta-feira (29), que avalia a possibilidade da volta às aulas presenciais na capital mineira a partir de março. Em princípio, a prioridade seria para o retorno da educação infantil, que abrange crianças com menos de seis anos, porém o plano ainda não foi detalhado pelo governo municipal. 

"Se tudo correr bem, se a cidade permanecer com os cuidados, estudamos, sob  orientação dos nossos especialistas, a possibilidade de um retorno em março”, afirmou a secretária municipal de Educação,  ngela Dalben, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (29), com participação do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

Ela não deu informações sobre quais parâmetros a prefeitura utilizará para determinar a segurança do reinício das atividades presenciais. Até então, oficialmente o governo considera que o parâmetro seguro seria atingir até 20 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes — o número está 415,2 e o comitê de enfrentamento à pandemia na cidade já havia sinalizado que o critério poderá ser revisto. Ao mesmo tempo, o Ministério Público de Minas Gerais cobra que o Executivo municipal defina parâmetros precisos para permitir as atividades. 

De acordo com o prefeito Kalil, é necessário aguardar estudos sobre os efeitos de novas cepas do coronavírus sobre a saúde de crianças, fenômeno que não é consenso entre especialistas. BH registra um único caso de óbito por Covid-19 de alguém entre 10 e 14 anos, até então, segundo dados da prefeitura. Em Minas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), há 37 mortes de crianças e adolescentes de até 19 anos pela doença.  

O retorno às aulas presenciais não será condicionado à vacinação dos profissionais da educação, segundo o secretário municipal da Saúde Jackson Machado. 
“Seria ideal, mas estamos recebendo vacinas a conta gotas, então não sei se, (até março), conseguiremos vacinar todos da educação, até porque o contigente é muito grande e há uma fila esperando para ser vacinada, além disso. Sabemos que a circulação do vírus é um pouco menor nessa faixa etária (infantil) e que os professores desse grupo são um pouco mais jovens, então o risco é um pouco menor. Estudamos protocolos para um número muito pequeno de estudantes dentro das salas”, disse. 

As aulas presenciais estão restritas em Belo Horizonte desde março de 2020, quando surgiram os primeiros casos de Covid-19 no Brasil.