Sequestrador de ônibus no RJ foi condenado a 16 anos de prisão por morte em MG

Paulo Sérgio de Lima, de 30 anos, estava foragido após a sentença, relacionada a um homicídio na cidade de Goianá

Sequestrador de ônibus no RJ foi condenado a 16 anos de prisão por morte em MG
Homem manteve pessoas reféns dentro do coletivo por cerca de 3 horas — Foto: PMERJ/Divulgação

Por Gabriel Rezende

Responsável pelo sequestro de um ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio de Lima, de 30 anos, estava foragido da Justiça em Minas Gerais, após ser condenado a 16 anos de prisão por um assassinato na cidade de Goianá, na Zona da Mata. Nessa terça-feira (12), ele fez 16 pessoas reféns e atirou em dois passageiros. Um deles, que é mineiro, de Juiz de Fora, está em estado grave.

Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o processo tramitou na comarca de Rio Novo, na qual o município de Goianá pertence. “O réu foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado, mas estava foragido, por isso não havia iniciado o cumprimento da pena”, informou o tribunal por meio de nota.

O crime que levou à condenação de Paulo ocorreu em agosto de 2015. Ele usou um facão para matar outro homem, que foi encontrado morto na própria casa. Paulo chegou a ser preso, mas foi solto dois anos depois, após conseguir um habeas corpus devido ao prazo sem julgamento.

As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro querem esclarecer se Paulo tem ligação com o Comando Vermelho, uma das maiores e mais antigas organizações criminosas do Brasil. Em depoimento, o homem disse ser um integrante da facção e que estava fugindo de traficantes para Minas Gerais.

O sequestro

O ônibus sairia da rodoviária com destino a Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. De acordo com testemunhas, o veículo teria começado a viagem, mas logo precisou voltar devido a um problema com o ar condicionado. Já de volta à rodoviária, o suspeito teria iniciado o sequestro. Ainda não se sabe o que motivou o crime.

Negociações e prisão

As negociações da Polícia Militar e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) com o suspeito duraram quase três horas. De acordo com o coronel Marco Andrade, porta-voz da PM do Rio de Janeiro, o homem ofereceu resistência e teria atirado durante as tentativas de diálogo.