Parlamentares mineiros pedem que novo ministro mude política e tenha autonomia

Queiroga deve encontrar resistência na Câmara dos Deputados

Parlamentares mineiros pedem que novo ministro mude política e tenha autonomia

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve encontrar resistência na Câmara dos Deputados. Em conversa com a coluna, lideranças de Minas Gerais avaliaram que a primeira declaração do médico cardiologista de que vai dar continuidade ao trabalho do general Eduardo Pazuello não caiu nada bem, uma vez que sinaliza que mudanças necessárias, como o cumprimento correto de medidas de prevenção para evitar a disseminação da Covid-19, não vão ser adotadas.

“A sinalização é muito ruim do governo. Me parece que vai continuar fingindo que aceita as recomendações, porém não está. E foi isso que nos levou, seguramente, a ter um índice de mortes tão alto e que poderia ser diferente. Se o novo ministro não tomar posição de independência, também vai dividir com Bolsonaro o ônus”, disse um líder do centrão.

O líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG), registrou “apelo” para que Queiroga “tenha liberdade para traçar diretrizes de enfrentamento à pandemia sempre baseadas na ciência”. E ainda tocou num assunto sensível para o Planalto: a relação com governadores e prefeitos, pedindo para que o médico some esforços junto a esses gestores e “dê a importância e a agilidade necessárias à vacinação”.

O também deputado federal e presidente do PSDB de Minas, Paulo Abi-Ackel, foi na mesma linha: “Que ele não se curve, não se acanhe, não se acovarde ante intromissões de cunho político, ideológico ou autoritário”. Zé Silva (Solidariedade-MG) afirmou que é “indispensável” que o médico tenha autonomia ante o ministério