O Brasil de Bernardinho: quando a verdade chega a mentira precisa se explicar

Promessa de campanha, renovação não resiste ao Senado e fica no papel na melancólica despedida da VNL contra a Polônia

O Brasil de Bernardinho: quando a verdade chega a mentira precisa se explicar
Polônia x Brasil, VNL

 

Por Bruno Voloch

 

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

 

 

A ilusão é o refúgio da mentira.

 

Ninguém, em sã consciência, esperava outro resultado que não fosse a vitória da Polônia e consequentemente a eliminação do Brasil na VNL.

 

Era óbvio que a seleção brasileira de Bernardinho não iria longe. E quis o destino que saísse de cena exatamente como o antecessor, Renan Dal Zotto.

 

O Brasil virou freguês da Polônia em playoffs.

 

Na triste e lamentável despedida da VNL, algum brilhareco no primeiro set.

 

E só.

 

Quando a Polônia resolveu jogar, acabou a brincadeira. 

 

O nível entre as duas seleções no fundamento saque chega a ser covardia. Em algumas passagens parecia adulto contra juvenil.

 

O jogo foi o retrato da seleção na competição sob comando de Bernardinho, ou seja, um time inseguro, fraco de cabeça, sem alternativas, liderança, se arrastando fisicamente em quadra.

 

No banco, uma comissão técnica passiva, cansada e ultrapassada.

 

A pífia campanha na VNL é um tapa na cara da nova geração.

 

A promessa da CBV e a justificativa para a saída de Renan, sim porque só os tolos acreditam que o ex-treinador tenha pedido o boné, foram baseadas na necessidade de renovação

 

Pois bem.

 

O Senado vive.

 

E respira com o aval de Bernardinho.

 

O exemplo mais recente, fresquinho, foi a entrada de Maurício Borges no lugar de Leal, enquanto Lukas Bergmann assistia a tragédia anunciada diante da Polônia.

 

E aí, Bernardinho?

 

Como você explica a excursão e a volta ao mundo do líbero Honorato?

 

Por que o inerte Lucão resiste?

 

O que Flávio ganhou com a seleção?

 

Até quando Lucarelli?

 

E o tal talento individual?

 

A mentira, Bernardinho, não tem perna curta, mas tem prazo de validade.

 

E a VNL foi suficiente para derrubar qualquer tese ou discurso da malfadada comissão técnica.

 

Não há renovação.

 

Fernando Cachopa talvez seja a única carta fora do baralho no reprovável jogo de cartas marcadas.

 

E o levantador só está em quadra porque jogando, pasmem, foi a maneira discreta que Bernardinho encontrou de poupar Bruno, o intocável.

 

Portanto, você sabe o que mudou da gestão Renan para Bernardinho?

 

Nada.

 

Partiu aeroporto