Caso Backer: testemunhas relatam enfermidades mesmo 2 anos após da contaminação

Caso Backer: testemunhas relatam enfermidades mesmo 2 anos após da contaminação
O caso envolvendo a Backer começou a ser investigado em 5 de janeiro de 2020 — Foto: Instagram @cervejariabacker

 

 

 

 

 

Por Juliana Siqueira

 

O primeiro dia de audiência do caso Backer, nesta segunda-feira (23), já ouviu três testemunhas do caso. O segundo depoimento foi de Josias Moreira de Mattos, que participou por videoconferência após Giani Cláudia Setto Vieira - a mulher se emocionou durante relato acerca da contaminação pela cerveja Belorizontina.

Josias ainda tem problemas de saúde e sente dificuldades para falar. Por isso, as perguntas foram feitas de modo que ele pudesse responder com “sim” ou “não”. A testemunha confirmou que tomou a cerveja contaminada e que teve problemas decorrentes da ingestão.

A terceira vítima ouvida foi Cristiano Mauro Assis Gomes, que também participou da audiência de modo online. Após ingerir a cerveja contaminada, ele conta que apresentou problemas de saúde e teve de ser submetido a um transplante de rim. O órgão foi doado pela esposa em 2020.

Ainda segundo o depoimento de Cristiano, ele precisa tomar remédios regularmente, o que causa efeitos colaterais. Ainda em tratamento, ele tem restrições de movimentos no rosto e está de licença médica. 

 

Cristiano chegou a ficar internado por 44 dias no CTI.

 

Relembre o caso

O caso envolvendo a Backer começou a ser investigado em 5 de janeiro de 2020, poucos dias após as primeiras vítimas passarem mal depois de ingerir a cerveja Belorizontina. As investigações confirmaram que as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol atingiram litros de cerveja ainda em processo de fermentação. 

Segundo a investigação, vazamentos em equipamentos e o uso de substâncias tóxicas que não deveriam ser empregadas causaram a contaminação de diversos lotes de diferentes tipos de cerveja produzidos pela empresa.