Galo joga mal, melhora com Zaracho, mas só empata na estreia na Libertadores.
Atlético tem primeiro tempo pífio, cresce um pouco no segundo, mas sai da Venezuela apenas no 1 a 1 com o La Guaira. Gabriel Pazini | @Gabriel_Pazini.

Muito decepcionante. A estreia do Atlético na Copa Libertadores foi ruim e terminou apenas com um empate por 1 a 1 com o Deportivo La Guaira, na Venezuela, nesta noite, em duelo pelo grupo H da competição. Foi a primeira vez na história que o time alvinegro não venceu um duelo com uma equipe venezuelana, vendo os 100% de aproveitamento chegarem ao fim. Nos seis anteriores, foram seis vitórias atleticanas.
história que o time alvinegro não venceu um duelo com uma equipe venezuelana, vendo os 100% de aproveitamento chegarem ao fim. Nos seis anteriores, foram seis vitórias atleticanas.
Sem repertório, com uma atuação coletiva pífia e um futebol extremamente previsível, o Galo teve um péssimo desempenho ofensivo, não conseguiu furar o bloqueio defensivo do adversário e, mesmo tendo a posse de bola durante mais de 70% do tempo de jogo, sofreu para criar chances claras de gol, especialmente no primeiro tempo, que foi horrível e terminou com vitória dos venezuelanos por 1 a 0, com o zagueiro Martínez, do La Guaira, subindo ao ataque para passar por facilmente por Guga e Réver na defesa mineira e abrir o marcador, aos 21 minutos.
Nesta altura da partida, enquanto o La Guaira já tinha finalizado duas vezes com perigo, com uma sendo salva por Everson e a outra entrando na rede, o Atlético não tinha criado uma chance de gol sequer. Mesmo tendo a posse de bola durante mais de 60% do tempo, nos primeiros 30 minutos de jogo, o time brasileiro não conseguiu fazer uma jogada bem trabalhada, não finalizou a gol e abusou dos cruzamentos: 14. O Galo tinha a pelota, mas não produzia nada.
Na base do abafa, isso mudou um pouco a partir dos 33 minutos, quando o Atlético conseguiu três finalizações perigosas em três minutos, mas duas foram em chutes de fora da área e outra após cruzamento. Logo depois, o La Guaira ainda teve boa chance de ampliar o placar. O Galo, na realidade, apesar das três boas oportunidades, seguia um deserto ofensivo e criativo, com uma atuação pífia. Apenas no primeiro tempo, foram 28 cruzamentos, sendo somente sete corretos, um desempenho péssimo de uma equipe previsível e uma derrota parcial de 1 a 0.
Não à toa, mudanças foram feitas já no intervalo. Hulk entrou no lugar do apagado Savarino, e a teimosia em deixar Zaracho no banco finalmente acabou, com o argentino entrando no lugar de Allan. E o volante, que vinha sendo o melhor jogador do Atlético na temporada até ser sacado sem motivo por Cuca, mostrou que não faz sentido algum ele ficar na reserva e precisa ser titular.
Na volta do intervalo, o desempenho alvinegro melhorou com a entrada de Zaracho em campo. O meio-campista argentino melhorou consideravelmente a transição e a movimentação no seu setor, além de se infiltrar bem no ataque. No entanto, ainda que tenha criado mais oportunidades de gol e melhorado, o Galo seguiu com atuação ruim e sem criatividade, abusando dos cruzamentos para a área e tentando pressionar na base do abafa, sem repertório, organização e variação de jogadas. A entrada de Hulk, por exemplo, não surtiu efeito. O atacante não produziu muito.
O Atlético, porém, era superior e pressionava na base do abafa, e a pressão foi tanta que, mesmo sem apresentar bom futebol, seguindo com enorme dificuldade criativa e em apresentar variações em seu jogo e possibilidades ofensivas, o time chegou ao empate justamente com Zaracho, aproveitando rebote do goleiro adversário após chute de Arana, de fora da área.
No entanto, o futebol previsível e muito decepcionante não fez o Galo conseguir virar o jogo. Sem êxito em combinar e criar boas jogadas, o time de Cuca seguiu abusando das finalizações da intermediária, de média e longa distância, e dos cruzamentos na área. Ao longo da partida, foram incríveis 60 cruzamentos. O resultado só não foi completamente péssimo como a atuação alvinegra porque Everson, nos minutos finais do jogo, salvou o Atlético com três defesas excelentes e muito difíceis, evitando uma derrota. Em noite de exibição pífia, a equipe atleticana pode agradecer ao seu goleiro por sair da Venezuela com um empate.
Depois da decepção contra o La Guaira, o próximo compromisso do Atlético é neste sábado (24), contra o Athletic, pela última rodada do Campeonato Mineiro. O Galo, com o primeiro lugar já garantido, deve jogar com um time reserva. Pela Libertadores, o próximo duelo é na terça-feira (27), em casa, contra o América de Cali, da Colômbia.
FICHA TÉCNICA
DEPORTIVO LA GUAIRA 1 x 1 ATLÉTICO
Motivo: 1ª rodada do grupo H da Copa Libertadores
Data: quarta-feira, 21 de abril de 2021
Local: Estádio Olímpico da Universidade da Venezuela, Caracas, Venezuela
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Auxiliares: Ezequiel Brasilovsky e Pablo González (ambos da Argentina)
Escalações:
La Guaira
Olses; Agnel Flores, Adrían Martínez, La Mantia, Pernía e Cumaná; Arles Flores, Hurtado (Aramburu) e Cermeño (Marín); Reyes (Ángelo Peña) e Darwin González (Yackson Rivas)
Técnico: Daniel Farías
Atlético
Everson; Guga, Réver, Junior Alonso e Arana; Tchê Tchê (Nathan), Allan (Zaracho) e Nacho Fernández; Savarino (Hulk), Vargas (Marrony) e Keno (Sasha)
Técnico: Cuca
Gols: Martínez (La Guaira); Zaracho (Atlético)
Cartões amarelos: Olses (La Guaira); Sasha (Atlético)
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