Galo é absolvido após princípio de discussão em duelo contra o Palmeiras

Galo é absolvido após princípio de discussão em duelo contra o Palmeiras

Da Redação

 

A procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) tentou, sem sucesso, punir Atlético e Palmeiras após discussão entre membros dos dois times no jogo realizado em 2 de novembro.

A decisão veio nesta segunda-feira com absolvição para os dois lados. Cabe recurso à decisão, que teve votos unânimes pela absolvição.

A denúncia aconteceu após tumulto entre os dois times. No entanto, a ausência de provas impediu qualquer condenação em um primeiro momento. O Palmeiras informou que as imagens são deletadas automaticamente 72 horas após as partidas.

“O que muito se lamenta a equipe mandante guardar suas imagens por apenas 72 horas. Acho isso inadmissível e reforço a importância das imagens por mais tempo. Não pudemos constatar a gravidade dos fatos", destacou subprocurador-geral da Justiça Desportiva, Michel Sader. Os clube se defenderam e tiveram atendidos seus argumentos na reunião virtual. 

”Houve um princípio de discussão, mas como foi? Não consta informação se teve xingamento, empurra-empurra, como foi. Discordo da Procuradoria pela narrativa pobre e por não dar a condição de apenar os clubes com a certeza. Não há relato do delegado da partida e a situação estava controlada em segundos. Não há prejuízo qualquer”, explica Lucas Ottoni, advogado do Atlético. 

O Palmeiras também indicou falta de provas e informações para qualquer tipo de condenação.

“O Palmeiras também lamenta a escassez de provas. Não há imagens, testemunha e só o relato de um princípio de discussão. A Arena tem dono e o Palmeiras não é responsável pela Arena. Se houvesse realmente empurrões ou algum ato ofensivo certamente haveriam provas nos autos. O que consta aqui é um principio de discussão entre atletas em uma partida de alta intensidade e de equipes que lutam na parte de cima da tabela. Esse início de discussão é repetida 500 vezes em cada partida no Campeonato Brasileiro. A Procuradoria não trouxe o quarto árbitro e não há validação do relato e nem a identificação. O pedido é pela completa absolvição do Palmeiras", afirmou o advogado do Palmeiras, Alexandre Miranda.

O auditor Miguel Cançado deu, então, seu parecer, absolvendo os clubes. “A Procuradoria fez sua própria conclusão na medida que a súmula fala de princípio de discussão. Concluo que realmente não há provas. Na dúvida, tenho que concordar com as defesas: mero início de discussão e vou ficar com isso. Não me parece que possa enquadrar nem em rixa, ne conflito e nem tumulto. Prefiro ficar com a absolvição”, justificou. Cançado teve seu voto acompanhado pelos outros auditores presentes.