Família de crianças mortas em chacina em Ribeirão das Neves faz protesto: 'Eterna saudade'

Grupo levou cartazes e incendiou pneus; PM e bombeiros foram acionados

Família de crianças mortas em chacina em Ribeirão das Neves faz protesto: 'Eterna saudade'
Foto: Reprodução de vídeo / Instagram

Por O TEMPO Cidades

Um protesto foi realizado na MG-010, próximo da Cidade Administrativa, por familiares e amigos das crianças mortas na chacina em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O ato foi realizado nesta segunda-feira (27 de maio).

O grupo fechou parte da via e levou cartazes com os dizeres: “Eterna saudade”, além de pedidos de justiça. Vídeos da manifestação foram compartilhados nas redes sociais. Em uma das postagens, a mãe de uma das vítimas escreveu: “Nada vai trazer meu filho, nem minha sobrinha, nem Felipe de volta”.

Os manifestantes incendiaram pneus. A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para atender o chamado. 

A morte de Heitor também foi lamentada em postagens realizadas por uma escolinha de futebol. “Te amamos Heitor. Você estará sempre presente em nossos corações. Vai deixar saudades”. 

O crime

Familiares e amigos comemoravam o aniversário de Heitor Felipe, de 9 anos, em um espaço no bairro Areias. As comemorações tiveram início cedo, às 9h da última quinta-feira (23 de maio), e se estenderam durante o dia.

Por volta das 19h, no entanto, quando os convidados já estavam indo embora, dois homens armados invadiram o espaço e começaram a atirar. Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas. As vítimas foram socorridas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Justinópolis e, depois, encaminhadas para o Hospital Risoleta Neves, em BH.  

Segundo a Polícia Militar, o crime foi motivado pela guerra do tráfico na região do Morro Alto, em Vespasiano.

Quem são as vítimas?

Morreram Heitor Felipe, de 9 anos, o pai dele, Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, e uma prima, Layza Manuelly de Oliveira, de 11. A família comemorava o aniversário de Heitor no espaço de festas, quando o ataque aconteceu. O menino era atleta de uma escolinha de futebol e sonhava em se tornar um jogador profissional.

Os disparos atingiram ainda outras três convidadas: uma adolescente de 13 anos, a mãe dela, de 41, e uma jovem de 19.