Em quatro dias, Vale do Aço registra mais de 1200 novos casos de chikungunya

Outra arbovirose que também registrou alta no mesmo período, foi a dengue, com 300 novas notificações.

Em quatro dias, Vale do Aço registra mais de 1200 novos casos de chikungunya
Mosquito Aedes Aegypti — Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Por Caroline Del Piero*,

Em quatro dias, a região do Vale do Aço registrou um aumento de mais de 1200 casos de chikungunya e 300 novos casos de dengue. Os dados são do painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

A região registra um total de 30.797 casos de arboviroses apenas em 2024. No ano passado, a região registrou 40 mil casos, de janeiro a dezembro.

O ultimo levantamento divulgado na sexta-feira (15), informava que o Vale do Aço tinha 20.307 casos de chikungunya e 8.897 de dengue.

Agora, nesta terça (19), são 1.261 de chikungunya, que somados aos dados anteriores chegam a 21.507. Já a dengue são 393 novos, que somados ao novo levantamento chegam a 9.290.

Os dados levantados compreendem as 35 cidades sob a jurisdição da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano.

IpatingaTimóteoSantana do ParaísoCaratinga e Belo Oriente são alguns municípios da região que estão sob jurisdição da SES de Fabriciano.

A chikungunya é uma doença causada por um vírus, com sintomas similares aos da dengue. A transmissão da doença ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. O início dos sintomas pode levar de dois a dez dias.

Confira as orientações do Ministério da Saúde para o combate contra o mosquito transmissor das arboviroses:

 

  • Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vedação dos reservatórios e caixas de água;
  • Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
  • Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Importância do repelente

A prefeitura da cidade de Timóteo começou a distribuir repelentes para as mulheres grávidas no início deste mês, como uma maneira de prevenir novos casos de arboviroses, em especial, o zika vírus, que pode causar microcefalia em bebês que ainda estão em gestação.

O uso de repelente é uma medida auxiliar, porém fundamental para evitar a propagação da dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como zika e chikungunya.