Ainda vou voltar muitas vezes para Minas', promete Lula ao justificar ausência em 2023
Presidente chega nesta quinta-feira ao Estado e afirma que no primeiro ano de governo precisou 'recolocar o Brasil no mundo'

Por Leonardo Augusto, Fransciny Ferreira e Cynthia Castro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou, em entrevista exclusiva a O TEMPO, o que o fez levar mais de um ano para visitar Minas Gerais após a posse em seu terceiro mandato em 2023. A primeira viagem do presidente ao Estado só ocorreu em fevereiro de 2024, para anúncio de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Belo Horizonte.
Nesta quinta-feira (27) à tarde, Lula chega a Minas para cumprir agenda em Contagem. Nesta sexta, a programação será na capital e em Juiz de Fora, na Zona da Mata. É a quarta vinda ao Estado neste ano.
De acordo com o petista, inicialmente, a prioridade foi as agendas no exterior e em Brasília. "No meu primeiro ano, eu precisei focar em recolocar o Brasil no mundo, restabelecer nossas relações internacionais, depois do estrago na imagem do país no governo anterior. Por isso, fiz muitas viagens ao exterior", disse. Em 2023, o presidente visitou 20 países em viagens oficiais.
Na capital federal, a concentração de agenda, conforme Lula, foi para "reorganizar o Brasil". "Também passei mais tempo em Brasília porque a gente precisou focar em reorganizar o governo que havia sido destruído, desorganizado", declarou.
O petista afirmou ainda que outras viagens a Minas Gerais acontecerão este ano. "A gente plantou em 2023. Agora em 2024 estamos começando a colheita, a colher os resultados. Por isso, que eu ainda vou voltar muitas vezes para Minas nesse mandato".
Em entrevista a O TEMPO, o presidente argumentou que, em Brasília, mesmo sem viajar a Minas, trabalhou pelo Estado. "Fizemos nesse processo medidas muito importantes para Minas Gerais. Restabelecemos e fechamos um acordo sobre as receitas do ICMS para o governo do Estado, que tinham sido retiradas pelo governo anterior", justificou.
Lula citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destacando que a reformulação desse programa está alinhado com as prioridades dos governadores de cada Estado. Para Minas Gerais ele prevê investimentos de R$ 121 bilhões. Além disso, mencionou que o PAC Seleções irá resultar em 647 obras em 368 municípios mineiros selecionados.
"Os municípios mineiros foram escolhidos pelos projetos que apresentaram, não por partido do prefeito. Quando chegamos ao governo, o país não tinha projetos andando, tínhamos milhares de obras do Minha Casa Minha Vida que faltavam pouco para terminar e estavam abandonadas, sem conclusão", completou.
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