PF faz operação contra fraudes no auxílio emergencial em BH e interior de MG.

O objetivo da operação é apurar fraudes massivas e desarticular a atuação de organizações criminosas Por NATÁLIA OLIVEIRA E BRUNO MENEZES 11/05/21 - 07h19

PF faz operação contra fraudes no auxílio emergencial em BH e interior de MG.
Operação foi deflagrada em onze municípios mineiros Foto: PF / Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (11) mais uma fase da operação "Subitis Auxilium 2.0" de combate a fraudes no auxílio emergencial em Minas Gerais. O objetivo da operação é apurar fraudes massivas e desarticular a atuação de organizações criminosas. Foram identificadas  "fraudes de alta complexidade em auxílio emergencial que utilizaram modelos sofisticados de execução".

Ao todo, 60 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de contas bancárias das empresas envolvidas, além de 13 medidas cautelares diversas da prisão em desfavor dos responsáveis por empresas investigadas em onze municípios mineiros.

A operação acontece em: Belo Horizonte, Betim, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Contagem, essas cinco últimas na região metropolitana,  Carmo da Mata, Jacutinga, Uberlândia, Ituiutaba, Nova Serrana, essas últimas no interior do Estado. 

"As informações iniciais são oriundas da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE) da PF, que reúne dados de comunicações de irregularidades referentes ao pagamento fraudulento do auxílio, após terem sido analisados e confirmados pela Caixa. Por meio do cruzamento desses dados, foi possível identificar beneficiários de valores oriundos de contas contestadas por fraude junto à Caixa e que foram utilizados para efetuar diversas compras em estabelecimentos comerciais, por intermédio de máquinas de cartão de crédito/débito e compras virtuais, com indícios de conivência por parte de seus responsáveis legais e/ou funcionários", informou a PF.

A operação ocorre em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Cidadania (MCid), a Caixa, a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). 

"A PF continuará atuando para coibir e apurar este tipo de fraude no estado, com o objetivo de desestruturar ações que causam graves malefícios ao programa assistencial e às pessoas que dele necessitam", conclui a polícia. Uma coletiva de imprensa será dada nesta manhã para passar mais informações sobre a operação. 

Outras fases

Essa é a quarta operação executada pela Polícia Federal com o objetivo de combater esquemas de fraude na concessão do Auxílio Emergencial.  A primeira etapa, batizada de primeira parcela, foi deflagrada em novembro de 2020 em três estados. Na época apurou-se um prejuízo de R$ 350 mil apenas no Estado de São Paulo.

Já em dezembro de 2020, foi deflagrada a segunda etapa da operação, batizada de segunda parcela. Na data, R$ 650 mil foram bloqueados em contas de indivíduos que receberam o auxílio emergencial indevidamente. Além disso, sete pessoas foram presas.

Em fevereiro deste ano, como mostrou a reportagem de O TEMPO, a operação Terceira Parcela, desencadeada em fevereiro deste ano, cumpriu 66 mandados de busca e apreensão em três Estados, sendo 20 em Belo Horizonte e região metropolitana. Ninguém foi preso na ocasião, mas a estimativa de prejuízo chega a R$ 15 milhões, o que representaria a concessão de 25.000 benefícios.