"Motorista sentou no chão e esperou a morte", diz testemunha de incêndio em BH
Idosa contou que acordou com barulho de transformadores elétricos em explosão. Pessoas tentaram salvar vítima, mas calor era muito forte

Por Anderson Rocha
Dos 61 anos de vida da aposentada Marilene Guimarães, quase duas décadas foram vividas a menos de 500 metros do Anel Rodoviário, em uma casa no bairro Goiânia, na região Nordeste de Belo Horizonte. A idosa está assustada e não conseguiu descansar desde a madrugada desta quinta-feira (14), quando um um caminhão-tanque tombou e explodiu perto da residência dela.
"Parecia cena de filme. Acordamos com o barulho dos transformadores de luz explodindo. As chamas no caminhão eram muito grandes e altas. Todo mundo saiu das casas para entender o que estava acontecendo. Alguns tentaram ajudar o motorista, mas era impossível, o calor era muito forte. Ele sentou no chão, deitou, rolou, e depois sentou de novo, em chamas, esperando a morte", relatou.
A idosa contou que, nos últimos 18 anos, nunca temeu morar nas proximidades da rodovia, mas agora a situação é diferente. "É muito caminhão passando o tempo todo. Eu nunca tinha visto nada igual. Agora, a gente fica com medo, sim", encerrou.
Situação de momento
Por volta das 11h, o Corpo de Bombeiros seguia no acidente para o rescaldo no local. Equipes em dois caminhões da Cemig começam a atuar na retirada dos postes de energia elétrica para a substituição dos mesmos, incluindo os transformadores destruídos. Comércios e residências da região estão sem acesso à luz.
Situação de momento
Por volta das 11h, o Corpo de Bombeiros seguia no acidente para o rescaldo no local. Equipes em dois caminhões da Cemig começam a atuar na retirada dos postes de energia elétrica para a substituição dos mesmos, incluindo os transformadores destruídos. Comércios e residências da região estão sem acesso à luz.
Por conta do rastro de combustível, altas labaredas se formaram e se alastraram por todo o trajeto feito pela gasolina, atingindo residências, comércios, veículos e uma fábrica. Segundo os militares, a linha de fogo sobre o combustível percorreu cerca de 3 quarteirões, espalhando conforme os declives da via.
Quatro residências foram completamente queimadas, além de outros quatro imóveis que tiveram a fachada e outros cômodos parcialmente danificados. Dez veículos também foram atingidos, sendo quatro carros e duas mortos com perda total, e o restante com danos parciais. Ao menos nove moradores ficaram feridos e foram socorridos para o Hospital João XXIII.
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