CPI da Covid ouve diretor da Prevent Senior nesta quarta-feira

CPI da Covid ouve diretor da Prevent Senior nesta quarta-feira
Pedro Benedito Batista Júnior é diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior Foto: Reprodução da Internet

 

 

Por RENATO ALVES | EQUIPE DE BRASÍLIA

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 se reúne nesta quarta-feira (22), a partir das 9h30, para ouvir o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior. 

A comissão quer investigar a empresa sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados à operadora Prevent Senior prescrevessem medicamentos do chamado tratamento precoce para a covid-19, sem eficácia e segurança comprovadas. 

 

 

Também devem ser investigadas denúncias de pacientes da operadora, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.

Médicos denunciaram pressão à CPI

Médicos que trabalham ou trabalhavam na empresa reuniram uma série de irregularidades e encaminharam ao senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da Comissão.

Entre as denúncias, está a pressão exercida pela companhia para que fosse prescrito indiscriminadamente o “kit covid”, que é composto por cloroquina, azitromicina e ivermectina, sem eficácia comprovada contra a doença.

A estratégia foi adotada, segundo o dossiê, para o governo federal influenciar a população a consumir os medicamentos.

O Planalto fez uma lista de sugestões de perguntas para senadores governistas questionarem Pedro Benedito. Eles foram instruídos a defenderem o tratamento precoce e colocarem em dúvida as denúncias.

Foi apresentado um requerimento pela Prevent Senior para a Procuradoria-Geral da Republica (PGR), pedindo uma apuração das acusações.

Segundo a empresa, um casal de médicos teria manipulado dados de uma planilha interna, do dossiê que foi entregue à Comissão, a fim de comprometer a companhia.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), enviou para aprovação da Comissão um requerimento que pede informações ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) sobre as denúncias e ameaças feias aos profissionais.

Inicialmente, o diretor-executivo da operadora de saúde seria ouvido na última quinta-feira (16). Entretanto, informou, por nota, que o e-mail de convocação havia chegado apenas no fim da quarta-feira (15), e portanto, não houve tempo hábil para viabilizar seu comparecimento.