Por JOSÉ VÍTOR CAMILO 

Depois pouco mais de cinco meses e mais de 2 mil pessoas socorridas, a Prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço, optou pela desativação do Hospital de Campanha montado na cidade. A decisão foi tomada após a cidade conseguir controlar os casos de Covid-19, com o avanço da vacinação – a população alcançada já chega a 84% –, e a consequente redução significativa dos casos da doença. 

O anúncio da desativação foi feito nesta quarta-feira (15) pelo prefeito Gustavo Nunes, considerando a redução no risco de superlotação da rede de saúde municipal. Segundo a prefeitura, a unidade foi providencial para "salvar grande número de pessoas, nos períodos mais críticos da pandemia", já que a cidade chegou a operar com quase 100% da taxa de ocupação de leitos de UTI para a Covid. Atualmente, a taxa de ocupação está em torno de 15%. 

“Com uma infraestrutura moderna, organizada e eficiente, enquanto foi necessário o Hospital de Campanha cumpriu a sua missão com louvor. Para que se tenha uma ideia de sua utilidade, mais de 2 mil pessoas passaram por suas instalações para receber cuidados médicos. Vencemos a batalha mais dura da pandemia graças, também, a este socorro", disse o prefeito.

Ainda segundo Nunes, esta foi uma decisão de governo alinhada com secretaria de Saúde e pautada nas quedas dos números de óbitos e na estabilidade do número de casos no município em patamares mais reduzidos.

O secretário de Saúde do município, Cléber de Faria, afirmou que não fazia sentido manter o hospital aberto com a taxa de ocupação registrada no mês de agosto, quando ela baixou a 10%. Para se ter ideia, de 63 leitos existentes, somente seis estavam ocupados. Entretanto, o secretário garante que, se houver necessidade de nova reativação de leitos, o município está preparado. 

“Foram 150 dias de intenso trabalho dos mais de 100 profissionais que se dedicaram 24 horas na batalha contra a Covid-19”, lembrou o secretário.

Números

A cidade, que tem cerca de 265 mil habitantes, totaliza até o momento 32.926 casos de Covid e 904 mortes já confirmadas pela doença. 

A ocupação de leitos nesta quarta-feira era de 19% nas UTIs e 18% nas enfermarias voltadas.