Triplica média de casos de Covid por 100 mil habitantes em BH em quatro semanas

Triplica média de casos de Covid por 100 mil habitantes em BH em quatro semanas

 

 

 

 

 

 

Por Malú Damázio

 

 

Em cerca de quatro semanas, a média semanal de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes praticamente triplicou em Belo Horizonte. Durante esse período, o uso de máscaras não era obrigatório em locais fechados na capital mineira - medida que foi oficialmente revogada pela prefeitura (PBH) nesta terça-feira (14).  

A secretária de Saúde do município, Cláudia Navarro, afirmou que, desde que a flexibilização do uso da proteção facial em ambientes fechados, a média semanal de novas infecções por coronavírus passou de 49,6 para 150. Ela foi entrevistada no programa Bom Dia Minas, da Rede Globo, nesta manhã. 

O aumento dos diagnósticos positivos para Covid-19 em BH torna, novamente, a máscara indispensável em formaturas, casamentos, salas de aula, shoppings e até em festas juninas que ocorrem em espaços fechados. A determinação foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial do Município e é válida até 31 de julho.

Razões

A sazonalidade das doenças respiratórias, comuns no período de outono e inverno, e o baixo índice de vacinação entre as crianças da capital são os principais motivos para a retomada da exigência da proteção facial em ambientes fechados, conforme a secretária. Entre os pequenos residentes em Belo Horizonte, de 5 a 11 anos, a taxa de imunizados com a segunda dose ainda está em 57,1%. 

“Estamos alertando para o aumento do número de casos de Covid, mas são os casos leves que estão se disseminando muito rapidamente”, disse Cláudia Navarro, ao destacar que as formas graves da doença, as internações em UTI e os óbitos não estão crescendo do mesmo modo na capital. 

Ela reforçou que nos postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) há tanto pacientes infectados pela Covid quanto por outras doenças respiratórias, como gripe e resfriados. “A atitude busca melhorar os atendimentos de urgência tanto na rede pública quanto na rede privada, onde temos tido um aumento expressivo [de casos]”, complementa.