Aeroporto Internacional de São Paulo é um dos afetados pela greve nesta quinta

Aeroporto Internacional de São Paulo é um dos afetados pela greve nesta quinta
Aeroporto de Guarulhos (SP) é um dos mais importantes do Brasil devido ao grande número de voos internacionais — Foto: Marcelo Camargo/ABr

 

Por Alexandre Nascimento
 

O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (SP), principal terminal internacional do Brasil, foi um dos mais afetados do país na manhã desta quinta-feira (22), no quarto dia de paralisação dos pilotos, copilotos, comissários de bordo e mecânicos de aviões por melhores salários e condições de trabalho. Até 9h, 29 partidas e chegadas estavam com atraso em Guarulhos, aeroporto estratégico para o país, pois passageiros de todas as partes do Brasil vão para capital paulista e de lá embarcam para viagens internacionais. 

 

Outros terminais impactados pela greve, nesta quinta-feira, foram o de Congonhas, também em São Paulo (SP), e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ). Em Congonhas, 15 voos atrasaram e 13 foram cancelados. Já no Santos Dumont, foram registrados 10 atrasos e 8 cancelamentos. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), em Confins, teve três partidas atrasadas pela manhã para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Desde segunda-feira, os funcionários das companhias aéreas cruzam os braços, neste período entre 6h e 8h, nos terminais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS). 

Os trabalhadores aguardam nova proposta das companhias aéreas desde que a última não foi aceita por 70% dos votos, em assembleia do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), no fim de semana. As empresas alegam que os custos de operação aumentaram muito em função da alta do dólar, por isso a dificuldade em conceder o reajuste pretendido pela categoria, de 5% acima da inflação. Os empresários oferecem 0,5%. As negociações devem continuar nesta quinta-feira.

Na última sexta-feira (16), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que a adesão à greve só pode alcançar, no máximo, 10% dos trabalhadores. O Sindicato Nacional dos Aeronautas afirma que cumpre a decisão da Justiça.