Secretaria de Cultura anuncia projeto ‘Profecia’, com foco no encontro entre arte e fé

Iniciativa é tratada como um conjunto de ações que vão nortear as ações da Fundação Clóvis Salgado até o fim deste ano

Secretaria de Cultura anuncia projeto ‘Profecia’, com foco no encontro entre arte e fé
Ensaio da ópera 'Devoção', da Fundação Clóvis Salgado

 

Por Alex Bessas

 

“Nós lançamos hoje uma série de atividades que vão rechear, de forma muito expressiva, a Fundação Clóvis Salgado e seus espaços – de forma especial, o Palácio da Liberdade e o Palácio das Artes”, anunciou o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (9), quando deu mais detalhes sobre o projeto “Profecia”, como vem sendo chamado um conjunto de ações com foco em manifestações da fé – especialmente católica, mas também gospel e o sincretismo religioso – que vão nortear as ações da Fundação Clóvis Salgado (FCS) no segundo semestre deste ano.

 

 

Conforme o secretário, a iniciativa, que contempla duas óperas, exposições e cantatas de Natal, visa “elevar” a história do Estado a partir da fé em transversalidade com o turismo.

 

Ação inaugural

Abrindo o programa do projeto, ocorre neste sábado (13), a partir das 17h30, a pré-estreia da ópera “Devoção”. A apresentação gratuita terá como primeiro palco o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, a 80 Km de Belo Horizonte. O lugar é considerado uma das obras-primas do barroco mundial e é Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO desde 1985. O conjunto reúne uma igreja, com interior em estilo rococó, adro murado e escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas em pedra sabão produzidas por Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, além de seis capelas dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo, denominadas Passos, ilustrando a Via Crúcis de Jesus Cristo. Posteriormente, nos dias 19, 20, 22 e 23 de julho, a montagem também será encenada no Grande Teatro do Palácio das Artes.

 

A produção, explica a FCS, é um “tributo à alma mineira e resgata uma jornada de fé trazendo a história de Feliciano Mendes, um imigrante português do século XVIII que, movido por sua devoção e como pagamento de uma promessa que lhe devolveu a saúde, construiu uma igreja em Congonhas, que viria a ser justamente o Santuário Bom Jesus de Matosinhos