Norte e Nordeste de Minas em alerta para risco de falta de oxigênio em hospitais

Associação diz que cidades vivem drama com possibilidade da falta de insumos, que teve crescimento do consumo com a alta nos casos de Covid-19

Norte e Nordeste de Minas em alerta para risco de falta de oxigênio em hospitais

Cidades das regiões Nordeste e Norte de Minas estão em estado de alerta devido à escassez de oxigênio em hospitais. A Associação Mineira da Área Mineira da Sudene (AMAMS) informou nesta quarta-feira (17) que o município de Manga já enfrenta crise de abastecimento do insumo.

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse na terça-feira (16) que pede auxílio ao Ministério da Saúde para que "não haja falta de nenhum tipo de suprimento".

Os hospitais de Bocaiuva, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Espinosa, Jaíba, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, Salinas, Taiobeiras, Varzelândia e, agora Manga, já correm risco de desabastecimento, segundo a AMAMS.

O Hospital Municipal de Januária comunicou na terça-feira (9) a possibilidade de falta de oxigênio porque a empresa que fornece o insumo não estaria dando conta de aumentar a capacidade de produção, que é de 1.000 m³.

A prefeitura de Januária informou que nesta terça-feira (16) a cidade recebeu do governo estadual novos cilindros de oxigênio, que serão destinados ao hospital municipal. 

O presidente da associação e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo, vai cobrar do governo estadual uma solução para a falta de oxigênio na região. "Estamos diante de uma situação muito grave; é inadmissível pessoas perderem suas vidas pela falta deste produto tão essencial neste momento de pandemia. Todos os prefeitos empregam grande esforço em busca de soluções e medidas que possam evitar o aumento de casos de covid-19 e mortes no Norte de Minas, mas agora clamamos ajuda para que o caos pela falta de oxigênio seja evitado”.

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse que pediu apoio ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio no Estado. "A maioria dos hospitais grandes com leitos de CTI utilizam grandes reservatórios de oxigênio. Mas para os leitos que estão sendo criados não dá tempo dessa estrutura, e são leitos com cilindro de oxigênio. A logística desse insumo é complexa, tem que se trocar várias vezes por leito e o paciente Covid exige muito oxigênio. Temos pedido apoio ao Ministério da Saúde em relação a isso já prevendo esse aumento de consumo para que não haja nenhum tipo de falta de suprimento", afirmou o chefe da pasta em entrevista coletiva nesta terça-feira (16).