Coronavac é segura em crianças e adolescentes, diz Butantan

Coronavac é segura em crianças e adolescentes, diz Butantan
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

 

 

 

 

Por ALINE GONÇALVES

 

O Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac divulgaram, nessa quarta-feira (10), nota sobre os resultados preliminares dos ensaios clínicos de fase 3 com a Coronavac, vacina contra a Covid-19, que "comprovam que o imunizante é seguro para crianças e adolescentes de três a 17 anos". Os estudos estão sendo conduzidos na África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.

Desde outubro, 2.140 jovens de seis meses a 17 anos participam da pesquisa, controlada por placebo. "Os primeiros resultados mostraram que a vacina tem um bom perfil de segurança entre participantes saudáveis com três a 17 anos – para os mais novos, a pesquisa continua em andamento", informou o Butantan em seu site. 

Segundo os dados, a segurança da vacina é maior depois da segunda dose, apesar de terem sido relatados efeitos adversos, como dor no local da injeção, dor de cabeça e febre. 

A nota lembra que vários países, "incluindo Chile, Equador, El Salvador, Colômbia, Camboja e Indonésia", já aprovaram o uso de Coronavac para pessoas crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. "Na China, até o final de outubro, mais de 110 milhões de doses da vacina do Butantan e da Sinovac foram administradas a menores de 18 anos".

Na última sexta-feira, o Butantan realizou uma reunião com técnicos da Anvisa sobre a vacina Coronavac e apresentou os dados. Há previsão de que um novo pedido para inclusão de menores de 17 anos nas indicações de sua vacina ocorra nesta semana.

A equipe técnica da Anvisa reforçou "a necessidade de apresentação dos resultados completos de imunogenicidade e duração da proteção da vacina Coronavac para que possam ser avaliadas novas indicações de faixa etária". Em agosto, um primeiro pedido foi negado, e a Anvisa justificou o faoto devido a dados insuficientes.

 

Pfizer e crianças
No Brasil, a Pfizer é a única vacina autorizada pela Anvisa para menores de 18 anos, e apenas para jovens entre 12 e 17. O fabricante informou que vai pedir, em breve, que o uso seja ampliado para crianças a partir dos 5 anos. 

Na última terça-feira, a Anvisa e a Pfizer realizaram reunião de pré-submissão do pedido de indicação da vacina para crianças de 5 a 11 anos. "A reunião de pré-submissão é utilizada pelos laboratórios para apresentar os dados técnicos logo antes do envio formal do pedido de uma nova indicação", informou a Anvisa.

A dose da vacina para as crianças de 5 a 11 será menor que a para maiores de 12 anos, devido a uma nova formulação.