Covid: Minas pede apoio ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio

Aumento das internações e lotação dos hospitais preocupa o Estado, que teme pela insuficiência do insumo

Covid: Minas pede apoio ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio
Manaus teve colapso na saúde e hospitais ficaram sem oxigênio Foto: MICHAEL DANTAS / AFP

O governo de Minas Gerais pediu nesta terça-feira (16) ajuda ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio no Estado. O temor é que, com o agravamento da pandemia, a situação que ocorreu em Manaus se repita em solo mineiro. No início no ano, o Estado do Amazonas viveu um colapso em sua rede hospitalar devido à dificuldade de reabastecimento. Lá, pacientes morreram sufocados sem oxigênio.
 
Para evitar este cenário, o novo secretário de Saúde, o médico Fábio Baccheretti fez solicitação ao Governo Federal para que o insumo não falte nos hospitais do Estado. “O oxigênio é insumo essencial complexo em relação à logística. A maioria dos hospitais grandes com leitos de CTI utilizam grandes reservatórios de oxigênio. Mas para os leitos que estão sendo criados não dá tempo dessa estrutura, e são leitos com cilindro de oxigênio. A logística desse insumo é complexa, tem que se trocar várias vezes por leito e o paciente Covid exige muito oxigênio. Temos pedido apoio ao Ministério da Saúde em relação a isso já prevendo esse aumento de consumo para que não haja nenhum tipo de falta de suprimento”, afirmou em coletiva à imprensa.
 
Baccheretti destacou que Minas não passa por uma crise de abastecimento do oxigênio, mas que há uma preocupação do governo mineiro para que não falte o insumo, uma vez que o aumento do número de internações representa um consumo maior do produto. 
 
Além da ajuda federal, o Estado informou que as empresas fornecedoras de oxigênio estão fazendo uma reestruturação logística para atender a alta demanda.
 
Insumos
 
O secretário de Saúde ainda pontuou que o Minas tem se antecipado e adquirido insumos necessários para o atendimento hospitalar nas em todas as regiões, como o kit de intubação e anestésico, mesmo sendo de responsabilidade das unidades hospitalares a aquisição desses medicamentos.
 
“Fizemos uma compra recente do kit. Ele é essencial e o hospital tem que comprar na sua rotina. Mas nós, como Estado, compramos uma quantidade para distribuir às regiões que mais faltam porque elas não têm dado informações confiáveis sobre esses medicamentos. É importante lembrar que o Brasil é o epicentro no mundo de Covid. Todos os Estados estão consumindo muito esse medicamento. Entendemos que o Estado deve contribuir para que não haja falta de nenhum insumo”, destacou.
 
Por causa da crise sanitária, nesta terça-feira o Estado decretou que todos os 853 municípios seguir as regras impostas na "onda roxa". Entre as restrições, está o toque de recolher das 20h às 5h.