Bolsonaro deixa o Alvorada para participar de evento de promoção de generais

Bolsonaro deixa o Alvorada para participar de evento de promoção de generais
Presidente Jair Bolsonaro (PL) em cerimônia militar na Aman, no Rio de Janeiro, no último sábado (26) — Foto: Tércio Teixeira/AFP

 

Por Lucyenne Landim

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve, na manhã desta quinta-feira (01), na solenidade de promoção de oficiais-generais. O evento aconteceu no Clube do Exército, em Brasília (DF), distante cerca de 7 km do Palácio da Alvorada - residência oficial do presidente em que o mandatário tem mantido reclusão desde a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Seguindo postura que tem adotado, Bolsonaro não se pronunciou durante o evento aos militares, e nem fora para a imprensa.

Estiveram presentes no evento desta quinta, além de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; e da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O ex-ministro Walter Braga Netto, que disputou como candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, também compareceu.

Desde 30 de outubro - dia do segundo turno eleitoral -, Bolsonaro deixou o Alvorada poucas vezes e, em nenhuma delas, falou à imprensa ou com apoiadores. Oficialmente, ele teve agenda apenas na formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, no sábado (26), e também não se pronunciou. Este mês de dezembro é o último em que ele ficará como chefe do governo federal.

 

Na última terça-feira (29), Bolsonaro foi ao jantar promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a parlamentares do partido. Ele também se manteve em silêncio aos presentes, mas protagonizou um momento de discussão com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Também nesta sexta, o mandatário cancelou a participação na cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, que acontecerá na próxima quarta-feira (6), em Montevidéu, no Uruguai. O Brasil deve ser representado no evento por Mourão e pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. A informação é do colunista Igor Gadêlha e foi publicada no portal Metrópoles.

 

Na última sexta-feira (25), o Tribunal Sueperior Eleitoral (TSE) bloqueou R$ 13.599.298,26 em uma conta bancária do PL no Banco do Brasil. A medida serve para pagar parte da multa de R$ 22,9 milhões aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, por litigância de má-fé – quando alguém aciona a Justiça de forma irresponsável. O caso aconteceu em ação do partido endossada por Bolsonaro de questionamento ao sistema eleitoral.

Na semana passada, Moraes negou o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições deste ano porque a legenda não apresentou nenhuma prova sobre eventual irregularidade. Na decisão, o ministro condenou os partidos da coligação de Bolsonaro a pagarem uma multa de R$ 22,9 milhões. O PP e o Republicanos foram excluídos da punição posteriormente. O PL pediu ao TSE que seja feita uma revisão da multa aplicada.