Caminhão do Grupo Sada com 30 toneladas em doações chega em Garibaldi, no Rio Grande do Sul

Os mantimentos foram entregues na cidade que tem um dos centros de distribuição de doações do Estado; a carreta saiu de Minas Gerais na sexta-feira (10), em uma viagem de três dias

Caminhão do Grupo Sada com 30 toneladas em doações chega em Garibaldi, no Rio Grande do Sul
Os voluntários se revezaram para retirar tudo do baú do caminhão e levar para dentro do centro de distribuição. FOTO: Rodney Costa / O TEMPO

Por Lucyenne Landim

GARIBALDI (RS). Depois de três dias de viagem, chegou na tarde deste domingo (12) à cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, a carreta do Grupo SADA com cerca de 30 toneladas de mantimentos para pessoas afetadas pelas fortes chuvas das últimas semanas na região. O veículo que recolheu donativos no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, saiu de Betim, na região metropolitana da capital mineira, na madrugada de sexta-feira (10).

Os itens foram descarregados no Ginásio Municipal de Esportes de Garibaldi, que tem sido ponto central de recebimento de doações para cidades da Serra Gaúcha. Para chegar até lá, foram três dias de estrada e 1.600 quilômetros percorridos. O repórter fotográfico Rodney Costa acompanhou a viagem que deixou de ser tranquila ao chegar na divisa do Estado. 

Chuvas, bloqueios e deslocamentos complicaram o trajeto, e fez com que um trecho de 80 quilômetros que seria percorrido em uma hora passasse para quase quatro horas. Os voluntários se revezaram para retirar tudo do baú do caminhão e levar para dentro do centro de distribuição, onde tudo tem sido milimetricamente organizado.  

No ginásio, há separação dos itens, como calçados, produtos de higiene, alimentos, roupas e colchões. Tudo passa por uma triagem, como as roupas separadas por tamanhos, além da conferência do estado de cada objeto. Depois, tudo é organizado em caixas para facilitar a distribuição dos itens para as pessoas atingidas. 

O prefeito de Garibaldi, Sérgio Chesini, explica que o centro de distribuição funciona na lógica de uma linha de montagem de fábrica. São 700  voluntários que se revezam por três turnos. À noite, eles se concentram em organizar e separar todas as doações. Já durante a luz do dia, as caixas são entregues para quem precisa. 

"Tudo é feito nessa parceria, e o que é mais importante: com pessoas voluntárias de todas as idades, de todos os credos, de todas as classes. Elas estão juntas trabalhando para salvar vidas", disse o prefeito da cidade. 

Em meio às doações, a reportagem de O TEMPO encontrou uma cartinha enviada por uma criança: "Você que está recebendo essas roupinhas, saiba que já foi usada (sic) por uma menina muito feliz. E eu espero que você seja feliz também. Com carinho", dizia o bilhete escrito com caneta vermelha e onde também estava desenhado um coração. A assinatura era de Martina.

Doações de cinco Estados 

Na corrente de solidariedade que mobilizou todo o país, o Grupo SADA mobilizou 18 pontos de coleta de doações em cinco Estados. Além de Minas, estão na lista São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Goiás. Os alimentos, roupas e calçados transportados foram coletados com o apoio dos Embaixadores do Bem, o grupo de colaboradores com atuação no voluntariado. 

Os mantimentos nessas carretas também foram coletados por outras instituições como o Corpo de Bombeiros e o Exército. Também há, nos caminhões, água, colchões, roupas de cama e banho, itens de higiene, rações para pet, materiais e limpeza e outros insumos necessários para quem perdeu praticamente tudo neste momento.  

Essa carreta que chegou a Garibaldi é uma das quatro que partiram, entre os dias 7 e 10 de maio, em direção ao Rio Grande do Sul levando cerca de cem toneladas de doações. Uma delas chegou à cidade de Gravataí no sábado (11), região que também conta com veículo 4x4 disponibilizado pelo Grupo SADA para apoio na operação necessária.