BH rastreia circulação de nova cepa, mas médico reforça: 'é possível prevenir'

Adoção de medidas sanitárias, como uso de máscara e distanciamento, impedem a transmissão da versão mais contagiosa do vírus

BH rastreia circulação de nova cepa, mas médico reforça: 'é possível prevenir'
Foto: Reprodução/Facebook

 

Por RENATA EVANGELISTA

 

Especialistas da UFMG devem divulgar nos próximos dias se a nova cepa da Covid-19, considerada mais contagiosa, está circulando em Belo Horizonte e em qual intensidade. Para isso, uma equipe técnica está genotipando e rastreando o vírus.

"Essa cepa do Brasil provavelmente está circulando em Belo Horizonte, vamos saber a partir da semana que vem", informou o infectologista e professor Unaí Tupinambás. Apesar de ressaltar que a "nova versão" do vírus é mais transmissível, o médico alertou que é possível barrar o contágio e evitar o colapso do sistema de saúde, como aconteceu em Manaus, em meados deste mês.

Basta seguir as medidas sanitárias que foram recomendadas pelos especialistas desde o início da pandemia. "Nós temos como prevenir qualquer cepa", garantiu. "Se a gente usa máscara, evita aglomerações em lugares fechados e lava as mãos, pode ser a cepa que for (...) ela não tem capacidade de arrancar nossa máscara, a cepa não tem capacidade de nos aproximar um do outro, a cepa não tem capacidade de impedir que nós lavemos as mãos", destacou.

As declarações foram dadas nesta sexta-feira (29), durante coletiva que anunciou a reabertura das atividades econômicas em BH a partir da próxima segunda-feira (1º). A reabertura do comércio, de acordo com o Comitê de Combate à Covid-19, foi autorizada devido à queda nos indicadores da pandemia.

Mas, para que a situação não volte a piorar, a prefeitura pede cautela dos moradores, especialmente por causa da nova cepa. "Não vamos chutar o pau da barraca e fazer festas. Se a gente continuar nessa toada que vem desde o início do mês, vamos chegar em fevereiro melhor do que estamos agora", pontuou Unaí. "Não podemos imputar a culpa só na cepa, mas no comportamento humano", reforçou.