Agressão de procurador a funcionária de cinema não chegou à Polícia Civil

Vítima precisa fazer a representação legal contra o agressor

Agressão de procurador a funcionária de cinema não chegou à Polícia Civil
Câmera flagrou ação do procurador Foto: Reprodução

 

Por Lucas Gomes

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que não recebeu a ocorrência de agressão cometida por um procurador da Advocacia Geral do Estado contra uma funcionária de um cinema localizado em um shopping no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O caso só foi registrado pela Polícia Militar como vias de fato/agressão.

 

 

Para que a Polícia Civil apure o fato, por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, é necessária a representação legal por parte da vítima no Juizado Especial Criminal, que fica na avenida Pres. Juscelino Kubitscheck, 3250. Por meio de nota, a corporação informou que só assim, por conta da legislação, poderá investigar o caso.

 

Na segunda-feira, quando a ocorrência foi registrada, nenhum envolvido foi encaminhado para a delegacia. O procurador fugiu do local antes da chegada da Polícia Militar. 

 

Entenda

Um procurador do Estado, que recebe cerca de R$ 32 mil por mês, é suspeito de xingar, cuspir e tentar agredir a funcionária do cinema de um shopping no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na segunda-feira (8 de julho). O motivo da confusão seria o fato de o procurador exigir que a funcionária levasse pipoca para ele dentro da sala de cinema. 

 

 

A funcionária, de 25 anos, acionou a Polícia Militar. Ela contou que o homem esmurrava a porta da recepção do cinema dizendo que “queria a pipoca dele”, após comprar um refil do alimento. Quando a mulher perguntou qual era o pedido dele, o homem passou a gritar ainda mais. 

 

Diante da situação, a funcionária entregou um pedido que segurava, de outro cliente, e pediu para o gerente trazer a pipoca do homem que gritava no local. Exaltado, o homem disse que era para entregar o refil de pipoca na poltrona dele, dentro da sala de cinema. A funcionária informou que esse não era o procedimento, já que o cliente deve ir ao balcão para encher o balde de pipoca. 

 

Nesse momento, o procurador disse que a funcionária era obrigada a fazer o que ele mandava e passou a filmar a mulher. Ela disse que não autorizava a gravação e foi chamada de incompetente. O homem cuspiu na mulher e tentou a agredir por três vezes. Quando a Polícia Militar chegou, o homem tinha fugido do local. Ele foi identificado pelo CPF que constava na nota fiscal.