Reginaldo Lopes aciona Zema no STJ por declarações sobre invasões em Brasília
Por Franco Malheiro
Líder do PT na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça, nesta terça-feira (17), contra o governador de Minas, Romeu Zema (Novo). A peça, também assinada pelo novo líder eleito do partido, deputado Zeca Dirceu, pede esclarecimentos ao governador, no prazo de 48 horas, após ele ter dito que o governo federal fez vista grossa diante das manifestações radicais que promoveram quebra-quebra na praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, nessa segunda-feira (16), Zema disse que o governo do presidente Lula 'tenta se fazer de vítima com a situação'. Os parlamentares, na ação apresentada a qual a reportagem teve acesso, classificam a declaração como ‘no mínimo irresponsável’.
“Trata-se de uma afirmação torpe, reprovável, caluniosa, incompatível com a dignidade e estatura de quem governa um dos maiores e mais importantes Estado da Federação, na medida em que, entre outras aleivosias, tenta responsabilizar as próprias vítimas do ataque, que teriam, por suas autoridades e comportamentos, feito “vista grossa” para permitir e viabilizar o resultado criminoso ocorrido, na dimensão por todas conhecida”, aponta a nota.
Os parlamentares afirmam, também, que as declarações ofendem membros de outros Poderes.
“Ao afirmar que o governo facilitou os ataques no DF para “se fazer de vítima”, o Interpelado faz reverberar criminosas e caluniosas invectivas contra diversas autoridades, inclusive contra os membros do Poder Legislativo, quando, na verdade, deveria está a todo momento repudiando tais ataques e agindo para contribuir na identificação de todos os terroristas que se voltaram contra a sociedade brasileira e suas instituições democráticas”, destacam.
Segundo os parlamentares, o governador deve “esclarecer, sem dubiedade, de forma transparente e cristalina, as acusações formuladas, na forma quesitada, por se tratar de medida urgente, necessária para salvaguardar direitos”.
Ainda de acordo com o pedido, caso Zema não apresente esclarecimentos dentro do prazo, ele poderá responder de forma criminal.
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